Pelo menos 20 pessoas nos EUA estão a trabalhar com menores, ou a treinar menores, apesar das acusações ou castigos do seu passado.
Há casos de menores, entre crianças e adolescentes, que estão a ser orientadas por treinadores ou instrutores que foram, ou acusados de assédio sexual, ou banidos de modalidades olímpicas pelo mesmo motivo.
A contabilidade da NBC News contou com a colaboração da SafeSport, uma organização sem fins lucrativos para proteger jovens desportistas de abusos sexuais.
A SafeSport foi criada em 2017, na sequência do escândalo sexual que abalou a ginástica e o desporto nos Estados Unidos da América, com o médico Larry Nassar como protagonista. Nassar foi condenado a pena de prisão até 175 anos.
De acordo com a análise feita pela estação norte-americana, pelo menos 10 pessoas estão a trabalhar com menores, ou a treinar menores, apesar de terem sido banidas pela SafeSport por terem sido acusadas de abuso sexual.
Mais 10 pessoas, no mínimo, estão a trabalhar com menores, ou a treinar menores, apesar de terem sido banidos, ou pela SafeSport, ou por uma entidade ligada ao desporto olímpico nos EUA (ou seja, estão proibidas de voltar a uma modalidade olímpica), pelo mesmo motivo.
Mais cinco pessoas com o mesmo passado trabalharam ou treinaram menores. Mas aparentemente já deixaram o mundo do desporto.
E há muitos mais castigos, que vão para além dos treinadores: cerca de 1.400 pessoas foram banidas nos últimos cinco anos.
O caso destacado é o de MacKenzie Loesch que, quando tinha 12 anos e era treinada por Thomas Hardin, treinador de taekwondo, começou a ser assediada e abusada pelo técnico.
MacKenzie chegou a estar “aterrorizada” por causa do seu treinador. E abandonou a modalidade mais cedo do que queria.
Thomas Hardin nunca chegou a ir a tribunal mas a família de MacKenzie Loesch levou o caso à polícia, aos serviços sociais e à federação de taekwondo ligada ao Comité Olímpico dos EUA – queria impedir Hardin de voltar a treinar crianças.
Nunca conseguiu: Hardin criou uma academia de taekwondo e trabalha com crianças com menos de 12 anos.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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