Da segunda divisão à conquista da Liga Europa, Eintracht Frankfurt volta a fazer história

O Eintracht Frankfurt conquistou a Liga Europa, após vencer esta quarta-feira o Rangers na final. Há dez anos, as duas equipas nem no primeiro escalão estavam.

O jogo foi decidido nas grandes penalidades após o empate a uma bola no fim dos 120 minutos. A conquista chega 42 anos depois do seu primeiro troféu europeu, depois de ter vencido a Taça UEFA em 1980.

O português Gonçalo Paciência não saiu do banco, mas também celebrou a conquista da segunda maior competição europeia de clubes.

O estádio Rámon Sánchez Pijzuán, em Sevilha, encheu para assistir ao derradeiro encontro entre alemães e escoceses. A capacidade de 43.500 lugares não agradou ao presidente do Eintracht, que apelidou o reduto de “estádio Mickey Mouse”, dizendo que foi “construído pela Lego”.

Ainda assim, o ambiente estava eletrizante e viu-se um jogo disputado e equilibrado entre as duas equipas. O Rangers foi o primeiro a marcar, aos 57 minutos, por intermédio de Joe Aribo.

O Eintracht não demorou a reagir e, aos 69 minutos, Rafael Santos Borré restabeleceu a igualdade no marcador.

O tempo regulamentar e o prolongamento não ofereceram mais desenvolvimentos e a partida foi mesmo para penáltis. Todos os jogadores chamados à decisão foram bem-sucedidos, à exceção de Aaron Ramsey. Ironicamente, o galês, ex-Arsenal, só entrou aos 117 minutos de jogo para poder participar nas grandes penalidades.

O penálti decisivo foi marcado por Santos Borré, o colombiano que já tinha apontado o golo que permitiu aos germânicos continuar a sonhar nesta final.

Há dez anos, tanto o Rangers como o Eintracht Frankfurt não estavam sequer na primeira divisão. Em 2012, os alemães jogavam na Bundesliga 2, enquanto o emblema de Glasgow tinha caído para a quarta divisão escocesa após ter ido à falência.

“Realizámos 13 jogos nesta competição e não perdemos. Não tenho palavras para descrever o comportamento dos meus jogadores e eu não costumo sentir falta delas”, começou por dizer o técnico do Eintracht, Oliver Glasner.

“Mais uma vez, demos tudo, colocámos todas as energias em campo. Foi incrível. Então aquele livre no último minuto, foi uma espécie de montanha-russa de sentimentos. Mesmo os jogadores que não jogaram muito ou que não entraram nos jogos da UEFA deram-nos um grande apoio e muito estímulo. Este foi o espírito que nos trouxe até aqui. Agora, vamos celebrar alguns dias. Ganhamos esse direito”, acrescentou.

O austríaco de 42 anos tornou-se o segundo treinador daquele país a conquistar uma competição europeia. O primeiro foi Ernst Happel que, em 1983, levou o Hamburgo à vitória na antiga Taça dos Campeões Europeus.

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]


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