Um golo foi suficiente para derrotar o Liverpool, numa final de Liga dos Campeões que começou mais de meia hora depois do horário previsto.
O Real Madrid voltou ao topo do futebol na Europa. O conjunto espanhol venceu o Liverpool na final da Liga dos Campeões 2021/22, por 1-0, e foi campeão europeu pela 14.ª vez.
A final em Paris teve um momento inédito na Liga dos Campeões, ainda antes do seu início: começou quase 40 minutos depois do horário previsto (seria às 21 horas em França).
A explicação dada dentro do Estádio de França apontou para problemas de segurança. Meios de comunicação social indicaram depois que, numa das portas, houve confusão entre os (milhares) adeptos do Liverpool e a polícia.
Terá havido um controlo mais apertado, na entrada de adeptos. As autoridades esperavam a presença de muitos adeptos ingleses sem bilhete para o jogo – e, assim, os que tinham bilhete viram a sua entrada dificultada por causa desse aperto à entrada (e outros, sem bilhete, terão empurrado e tentado forçar a entrada no recinto).
Quando o jogo começou, o respeito dominou. Aos 15 minutos começou a aparecer uma das figuras do jogo: Courtois, com defesa complicada perante Salah. Depois Thiago, defesa de Courtois. Depois Mané, grande defesa de Courtois e bola ainda no poste.
Perto do intervalo, e contrariando a tendência da maioria da primeira parte, o Real Madrid marcou. Mas o golo de Benzema foi anulado porque foi assinalado fora-de-jogo. Uma decisão muito discutível porque fica a ideia de a “assistência” ter sido feita por Fabinho, jogador do Liverpool.
Ainda dentro do primeiro quarto de hora do segundo tempo, o Real marcou mesmo. Valverde apareceu com (demasiado) espaço no corredor direito, assistiu e Vinícius Jr. apontou o único golo da final. Foi o primeiro remate do Real Madrid na direcção da baliza contrária.
Salah tentou reagir logo a seguir, mas Courtois impediu o empate. Diogo Jota entrou e quase viu Salah a marcar, mas Courtois defendeu. Jota também tenteu, mas Courtois defendeu. Salah parecia que ia festejar mas…Courtois defendeu.
Não foi o guarda-redes que marcou o golo mas o belga Thibaut Courtois foi um herói para o Real Madrid, sobretudo na primeira fase da primeira parte e nos últimos 20 minutos do encontro.
O Real não atacou mais (rematou duas vezes à baliza durante o jogo todo, diante dos 24 remates ingleses, no total) mas foi mais eficaz. E agradece ao seu guarda-redes o 14.º título na Taça/Liga dos Campeões, agora o dobro em relação ao AC Milan, que tem sete troféus.
Carlo Ancelotti é o primeiro treinador a vencer a Liga dos Campeões quatro vezes.
Este foi também o primeiro triunfo europeu do Real Madrid desde a saída de Cristiano Ronaldo, há quatro anos – em 2018 a vitória na final foi precisamente contra o Liverpool.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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