Um ponto caído do céu. Portugal fez um jogo pobre em Espanha, em especial na primeira parte, altura em que foi vulgarizado pela “la roja”, e chegou ao intervalo a perder, golo de Álvaro Morata.
No entanto, uma segunda parte de melhor qualidade, apesar de alguns “tiros nos pés” nas substituições, acabou por conferir à formação lusa um precioso ponto, mercê de um golo do recém-entrado Ricardo Horta, num lance que parecia inofensivo ao início.
Ainda assim, a ter em conta o desfecho, e logo na casa da outra equipa mais forte do grupo, esta foi uma noite bem proveitosa para as cores lusas.
A primeira parte foi confrangedora para as cores nacionais, pobre em termos ofensivos, sem noção do que fazer em termos defensivos, dando a ideia de que um grupo de bons jogadores se tinham juntado para fazer um jogo de futebol e ninguém sabia como jogava Espanha.
Os posicionamentos eram maus, o acompanhamento do jogo de passes e mais passes do adversário era ineficaz, como se a surpresa fosse total, e os números finais mostram bem as dificuldades.
Espanha teve mais bola, rematou mais e criou mais perigo, apesar de a turma das “quinas” até ter conseguido chegar à área contrária.
O golo surgiu aos 25 minutos, após um erro de João Cancelo lá na frente, que os anfitriões aproveitaram para conduzir um rápido contra-ataque, que terminou com uma assistência do ex-Sporting, Pablo Sarabia, para o tento fácil de Álvaro Morata.
O ponta-de-lança da Juventus era o MVP ao descanso, com um GoalPoint Rating de 6.8, Raphaël Guerreiro era o melhor português, com 5.8.
Portugal entrou muito melhor no segundo tempo, a tapar os caminhos para a sua baliza, a manter a bola e a atacar e, aos 59 minutos, Rafael Leão trabalhou bem na área, e só uma brilhante intervenção do guarda-redes Unai Simón, com o pé direito, impediu o empate.
Era altura de a Espanha reagir, mas Fernando Santos antecipou-se e fez algumas alterações que acabaram por tirar ímpeto a Portugal, nomeadamente a saída de Otávio, que estava a ser um pêndulo, a ajudar nas tarefas defensivas e a ligar o jogo ofensivo.
Contudo, aos 82 minutos, Portugal marcou mesmo.
Num lance aparentemente inofensivo, João Cancelo cruzou da direita e Ricardo Horta, entrado no segundo tempo, encostou para o 1-1, ao sexto remate luso, segundo enquadrado.
Espanha respondeu de pronto e, aos 86 minutos, Jordi Alba, de cabeça, fez o mais difícil e atirou ao lado, mas o futebol dos da casa já se desenrolava mais com o coração que com a cabeça e o empate persistiu até ao fim.
Melhor em Campo
Preferíamos estar aqui a escrever sobre um jogo extraordinário de um internacional português, mas o melhor em campo foi espanhol.
Álvaro Morata esteve muito em jogo no último terço, foi sempre um perigo e fez o tento de Espanha na partida.
O GoalPoint Rating de 7.3 reflecte também dois remates, cinco passes aproximativos recebidos e dois desarmes, pois ajudou sempre a equipa nos momentos defensivos.
Resumo
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