“A inclusão não se pode sobrepor”. Algumas atletas trans vão ser proibidas de competir em Portugal

A Federação Portuguesa de Natação (FPN) vai proibir algumas atletas trans de competir em competições nacionais. “A inclusão não se pode sobrepor”, defende o seu presidente.

Recentemente, a Federação Internacional de Natação (FINA) aprovou uma nova política de integração de género, criando uma “categoria aberta” que permite aos atletas transexuais concorrer separadamente.

Assim, no caso de atletas trans, apenas poderá participar em competições internacionais quem “não experienciou qualquer parte da puberdade masculina para lá da fase 2 de Tanner ou antes dos 12 anos de idade”. Os estágios de Tanner é a escala científica para aferir a maturação sexual e desenvolvimento corporal.

A decisão não tem carácter vinculativo, pelo que nenhum dos seus 152 membros está obrigado a adotar a resolução para as suas provas.

Ainda assim, a Federação Portuguesa de Natação (FPN) vai adotar estas orientações já a partir de setembro, avança a Tribuna Expresso.

“A federação vai adotar estas medidas, aliás, foi um dos principais promotores das alterações. Irão a reunião de aprovação e depois iremos implementar estas medidas”, disse António José Silva, presidente da FPN.

“Na ótica do exercício e da performance, é óbvio que os transgéneros masculinos participarem em competições femininas têm uma vantagem competitiva inquestionável”, argumenta António José Silva.

O também presidente da Liga Europeia de Natação acrescenta que “seria altamente prejudicial e injusto, em termos competitivos, pô-los em condições de competição iguais à identidade sexual de mulher”. Além disso, acredita que “a inclusão não se pode sobrepor a um critério desportivo fundamental que é a justiça na competição”.

As atletas transexuais estão também proibidas de jogar em torneios internacionais de râguebi feminino até que entre em vigor uma “política de inclusão completa”, disse, na madrugada desta terça-feira, a World Rugby.

No comunicado, o organismo afirmou ainda ter a responsabilidade de equilibrar o direito de participação de cada jogador com o risco percecionado para os outros jogadores e “assegurar que todos sejam ouvidos de forma justa”.

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]


Comentários

9 comentários a ““A inclusão não se pode sobrepor”. Algumas atletas trans vão ser proibidas de competir em Portugal”

  1. Pelo que é justo.

  2. Avatar de Elsa Masters
    Elsa Masters

    Perfeitamente justo.

  3. Então mas a igualdade não é em tudo? Afinal começamos a identificar patamares que desafiam a igualdade…

    1. Avatar de Anti.Woke
      Anti.Woke

      Existem sempre diferenças. Não existe o tudo igual.

  4. Afinal as mulheres não são mulheres?!
    Como é?!

  5. Saúdo Portugal por não se deixar levar pela palhaçada que se vê em outros países, nomeadamente EUA, onde atletas que são biologicamente homens são autorizados a competir em provas femininas (em alguns Estados), ganhando prova atrás de prova e roubando às atletas femininas o que lhes é devido.

    1. Completamente de acordo!!

  6. Avatar de Miguel Rocha
    Miguel Rocha

    1ª opção: Competições para atletas XX e competições para atletas XY. A ciência não engana.
    2ª opção: Competições únicas para todos. Igualdade absoluta.
    Eu próprio nem concordo com a 2ª opção mas a loucura onde chegou a sociedade abre essa possibilidade.

  7. Muito bem!!
    Não se podem misturar mulheres do sexo feminino com mulheres do sexo masculino!

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