António Carvalho foi o primeiro, de mão dada com o líder Frederico Figueiredo e com mão estendida para Mauricio Moreira. “Posso ser eu a ganhar!”
Não temos imagens de todas as edições da Volta a Portugal em bicicleta mas o que aconteceu neste domingo, na Senhora da Graça, terá sido inédito.
Em dia de nona e penúltima etapa da edição deste ano, entre Paredes e Mondim de Basto, já na subida final viu-se que a Glassdrive iria dominar na meta: Frederico Figueiredo, Maurício Moreira e António Carvalho formaram o trio da frente. Todos da mesma equipa.
A alguns quilómetros do final, António Carvalho atacou, deixando como perseguidores os dois primeiros da geral: o camisola amarela Frederico Figueiredo e o segundo Maurício Moreira.
Mas pouco depois, António Carvalho abrandou, voltou a formar-se o trio, que resistiu até ao fim. Ninguém atacou, ninguém cedeu e foi mesmo António a vencer a etapa, mas de mão dada com Frederico Figueiredo e com a outra mão estendida para Mauricio Moreira, que terminou logo atrás, com o mesmo tempo. Uma chegada a três lá no alto.
“Quero agradecer a estes dois meninos e à equipa. Disseram-me que, pelo que tenho feito, merecia esta vitória”, afirmou António Carvalho, numa entrevista à RTP…a três.
Os seus dois colegas de equipa também estavam junto ao microfone e, perante o desafio de prever o vencedor da Volta, António admitiu que Mauricio será mais forte no contra-relógio entre Porto e Vila Nova de Gaia (última etapa, amanhã), mas na estrada “cada um vai no seu lugar”.
Frederico Figueiredo lidera a classificação geral mas tem apenas sete segundos de vantagem sobre Mauricio Moreira, que costuma ser mais forte nos contra-relógios.
O camisola amarela sabe que pode perder a camisola amarela no último dia da prova mas reagiu com humor a essa possibilidade: “É melhor lidar com isto do que lidar com outras coisas”.
Já o favorito Mauricio assegurou: “Por mim, é igual. Pode ser ele, posso ser eu…” – e foi interrompido por António Carvalho: “Atenção que também posso ser eu a ganhar!”.
António Carvalho ocupa o quarto lugar na geral, atrás de Luís Fernandes (terceiro), mas está a 2m21s do líder.
O contra-relógio entre Porto e Gaia, que vai fechar a Volta, tem uma extensão de apenas 18,6 quilómetros.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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