Dois Ouros históricos na Natação na “segunda vida” de Diogo Ribeiro (após acidente grave)

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Diogo Ribeiro, Natação
O português Diogo Ribeiro já leva duas medalhas de Ouro no Mundial de Juniores de Natação em Lima, Peru.

O português Diogo Ribeiro já leva duas medalhas de Ouro no Mundial de Juniores de Natação em Lima, Peru. Um feito histórico para Portugal de um jovem promissor que há cerca de um ano, teve a carreira em risco devido a um acidente de viação.

Depois de ter vencido a prova de 100 metros mariposa, o jovem português de 17 anos venceu também a final dos 50 metros livres, com a marca de 21,92, à frente do cipriota Nicolas Antoniou (22,51) e do croata Gere Hribar (22,55).

Diogo Ribeiro ainda vai disputar uma terceira final nestes mundiais, a dos 50 metros mariposa, depois de ter garantido o terceiro melhor tempo das meias-finais (23,94).

“Ganhei uma segunda vida”

Há pouco mais de um ano, Diogo Ribeiro sofreu um acidente de viação que quase lhe pôs a carreira em risco. Seguia numa moto de baixa cilindrada numa estrada de Coimbra, de onde é natural, quando chocou contra outro veículo, tendo sofrido várias fracturas.

Um acidente que aconteceu pouco tempo depois de ter conquistado a medalha de bronze nos Campeonatos Europeus de Juniores. Um momento histórico para Portugal, tendo sido apenas a terceira medalha da história do país nos Europeus de natação – só Alexandre Yokochi, bronze em 1985, e Alexis Santos, bronze em 2016, o tinham conseguido antes.

Sobre o acidente que sofreu, Diogo Ribeiro contou em entrevista ao Maisfutebol que “não conseguia mexer” o corpo. “Doíam-me as costas só de respirar”, referiu em declarações em Maio deste ano.

Diogo Ribeiro ficou com hematomas pelo corpo todo, sofreu queimaduras nas pernas, deslocou o ombro direito, fracturou um pé, perdeu parte do dedo indicador direito e teve uma microrruptura no peito, como contou ao Maisfutebol.

Teve que ficar internado durante uma semana e depois, passou um mês de cama em casa. Para ir à casa de banho, tinha de ser em cadeira de rodas.

O acidente foi uma lição. Deu-me força mental e psicológica… acho que ganhei uma segunda vida“, referiu ainda, notando que tinha “de a aproveitar”. “Não posso cometer os erros que cometi no passado… achava que era indestrutível e que nunca me ia acontecer nada. Percebi que não era assim”, concluiu na altura.

[sc name=”assina” by=”ZAP” url=”” source=”Lusa”]


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