O Porto reagiu da melhor forma ao desaire da jornada passada ante o Rio Ave com uma vitória mais ou menos tranquila no terreno do Gil Vicente, por 2-0.
Com um tradicional 4-4-2, com Taremi e Toni Martínez na frente, e Galeno de início, os “azuis-e-brancos” colocaram muita pressão e jogadores na área gilista, aproveitando a maciez defensiva dos homens da casa para marcarem os dois golos antes do intervalo, pelo iraniano e pelo brasileiro, e outros dois pelo espanhol, ambos anulados.
Os minhotos reagiram na segunda parte, mas o Porto, a ver-se a ganhar, não deu grandes veleidades.
O Porto desce cedo pegou na batuta e, quando aos 35 minutos Toni Martínez viu o ser-lhe anulado um golo pela segunda vez por fora de jogo, o “dragão” registava 72% de posse, oito remates, dois enquadrados.
Estava difícil os homens da Invicta marcarem e teve de ser à “lei da bomba”. Aos 41 minutos, um mau alívio da defesa minhota chegou a Eustáquio, que deixou para Taremi, e este atirou forte para o 1-0. Estava feito o mais difícil.
Pouco depois, aos 44, mais um bom lance portista, novamente com Eustáquio, inteligente, a entrar na área pela esquerda e a servir Galeno, que concluiu de forma fácil.
O melhor em campo no primeiro tempo era Taremi, com um GoalPoint Rating de 7.0, graças ao golo que apontou, a um passe de ruptura e a quatro acções com bola na área contrária.
O Gil melhorou as marcações no segundo tempo, passou a recuperar mais jogo a meio-campo e a travar o Porto nessa zona do terreno, pelo que os minhotos passaram a ter mais bola e a criar mais perigo após o intervalo.
Os “dragões” começaram a explorar mais o contra-ataque, por opção, mas também por imposição dos anfitriões, sem, contudo, criarem muitos lances de perigo. O resultado não sofreria mais alterações.
Melhor em Campo
O Porto mudou para 4-4-2, Taremi esteve muito mais integrado em zonas centrais, com muita presença na área (foi o jogador com mais acções defensivas na área contrária, sete) e isso traduziu-se em mais uma distinção de melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.2.
O iraniano fez um golo, um passe de ruptura, cinco ofensivos valiosos e completou duas de três tentativas de drible. Manteve a bitola de grande influência no futebol ofensivo dos “dragões”.
Destaques do Gil Vicente
Lucas 5.9
O central foi o melhor dos gilistas nesta partida. Com mais trabalho na primeira parte do que na etapa complementar, o defesa recuperou sete vezes a posse de bola, fez três intercepções e quatro alívios, tendo ganho dois de quatro duelos aéreos defensivos.
Kevin Villodres 5.6
O extremo espanhol entrou ao intervalo e mexeu com o futebol do Gil. Em 45 minutos fez três remates, máximo do jogo com Galeno e Toni Martínez, e sofreu quatro faltas, duas em zona de perigo.
Rúben Fernandes 5.5
O central português fez o que pôde na primeira parte e subiu de produção na segunda, terminando com cinco alívios e três bloqueios de remate.
Destaques do Porto
Galeno 7.0
O brasileiro está a subir de produção e aproveitou a titularidade para se exibir a grande nível. Autor do 2-0, fez três remates, somou seis acções com bola na área contrária, oito recuperações de posse e uma condução super aproximativa.
Pepe 6.8
O Porto precisava de reagir e o seu capitão deu o exemplo, com uma grande partida em Barcelos. O central foi o jogador que mais passes realizou (76) e completou (62), teve sucesso em oito de 16 longos, registou o máximo de acções com bola (92) e de recuperações de posse (14), tendo ganho os três duelos aéreos defensivos em que participou. Contudo, registou também o máximo de passes errados (14) e de passes de risco falhados (6).
Eustáquio 6.7
O luso-canadiano disse hoje, em campo, que é uma excelente alternativa para fazer esquecer Vitinha. O médio fez as duas assistências da partida, em três passes para finalização, somou oito ofensivos valiosos, dois passes super aproximativos e três bloqueios de passe.
Toni Martínez 6.5
E se os dois golos que marcou e foram anulados tivessem contados? Estaríamos, certamente, perante uma nota altíssima. Ainda assim foi muito boa a exibição do ponta-de-lança espanhol, que aproveitou a oportunidade a titular para registar três remates, criar uma ocasião flagrante em dois passes para finalização e ganhar quatro de cinco duelos aéreos. Falhou uma ocasião flagrante.
Uribe 6.4
O colombiano cobriu muito bem as subidas de Eustáquio, garantindo os equilíbrios da equipa portista com três desarmes e sete recuperações de posse. Fez ainda dois passes para finalização e subiu para desperdiçar uma ocasião flagrante.
Wendell 6.3
O brasileiro rendeu Zaidu e esteve muito bem, com 94% de eficácia de passe, dez recuperações de posse e quatro bloqueios de passe/cruzamento. Somou 73 acções com bola e só a perdeu em seis ocasiões.
David Carmo 6.2
O central que custou €20M ao Porto foi, finalmente, lançado, e não desiludiu. Tentou muito o passe longo (16, máximo), completou seis, fez dois passes super aproximativos, três intercepções e ganhou os três duelos aéreos em que participou.
Otávio 6.0
Tacticamente muito importante, o internacional luso criou duas ocasiões flagrantes em quatro passes para finalização (máximo), fez seis ofensivos valiosos e recuperou oito vezes a posse de bola.
Resumo
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