Xeque-Mate. O “Boavistão” continua na senda dos bons resultados – cinco triunfos e dois desaires em sete jornadas – e na noite deste sábado venceu o Sporting por 2-1, algo que não ocorria desde a longínqua temporada de 2007/08.
Os “leões”, que vinham embalados com quatro jogos de rajada sem consentir golos e numa senda vitoriosa, tropeçaram e contabilizaram a terceira derrota na prova.
Bruno Lourenço bisou (o primeiro golo é antológico) e Edwards (assistido de forma mágica por Nuno Santos) foram os goleadores de serviço no Bessa.
É caso para escrevermos: o melhor ficou guardado para o final.
No último suspiro da primeira metade, Gorré ligou o turbo, fez o que quis de Gonçalo Inácio, sentou Coates no relvado, rematou contra Ugarte e, na sequência do lance, Bruno Lourenço abriu o livro, rematou de primeira e carimbou um golaço candidato a um dos melhores da época.
Foi o culminar numa primeira parte, que passou num ápice e que foi emotiva e bem jogada.
O “leão” entrou mandão em cena, encostou as “panteras” graças à rapidez com que recuperava a bola (Ugarte e Morita em foco), às diabruras de Trincão, Edwards e “Pote” e aos raides de Porro e Nuno Santos.
A mobilidade e diversidade com que o Sporting ia atacando eram uma constante dor de cabeça para os anfitriões. Os visitantes ainda chegaram a festejar o 0-1, mas o tento de Pote aos 23 minutos acabou anulado por fora-de-jogo de Edwards. Aos 39, César saiu mal da baliza e Trincão cabeceou ao ferro.
O Boavista, que começou a sofrer, foi ganhando ânimo a partir dos 25 minutos, altura em que se organizou melhor.
Makouta começou a esticar mais o jogo e, nas poucas vezes que atacava, criava perigo: foi assim aos 12 minutos, quando Boženík atirou com força, mas à figura de Adán, e mais tarde, aos 28, Gorré cruzou, Bruno Lourenço atirou aos ferros da baliza do Sporting.
Estava dado o aviso para aquilo que viria a ocorrer mais tarde… Lourenço era o MVP nesta fase, com dois remates, um golão apontado, duas acções com a bola na área contrária e um GoalPoint Rating de 6.4.
Tal como no período inicial, a equipa forasteira voltou a entrar melhor, subiu as linhas, pressionou a primeira fase de construção “axadrezada” e porfiou em busca do empate. César ainda adiou (49’), mas o golo “verde-e-branco” chegaria instantes depois: Nuno Santos, com um cruzamento de letra genial, descobriu Edwards na zona do ponta-de-lança e este cabeceou para o empate.
A partir daí, o jogo ficou incaracterístico, com muitas paragens e substituições. E foi do banco que vieram os nomes que marcaram o terceiro golo no encontro.
Martim Tavares foi derrubado por Esgaio e, da marca dos 11 metros, Bruno Lourenço voltou a vestir a pele de “pantera” e devorou os “leões”.
Um remate histórico que colocou um ponto final num jejum de vitórias dos boavisteiros frente ao Sporting que durava desde a época 2007/08. Nos últimos 25 encontros entre os dois emblemas, o Boavista tinha apenas somado um triunfo…
Melhor em Campo
Noite de sonho para o médio. Bruno Lourenço vestiu a pele de herói e foi o carrasco do Sporting, numa partida que nunca mais irá esquecer.
O antigo jogador do Estoril demorou a aparecer em cena, mas quando o fez não mais parou, com intervenções que acabaram por ser decisivas no desfecho da partida. Pintou a manta com um golaço já no período de descontos e bisou na conversão de uma grande penalidade já na recta final.
Olhando para a folha de serviços, o médio marcou dois tentos em três remates – Expected Goals (xG) de 1,2 -, coleccionou 39 acções com a bola (três na área adversária), recuperou a posse em seis ocasiões, completou duas de cinco tentativas de drible e foi o MVP com GoalPoint Rating de 7.0.
Resumo
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