Benfica 5-0 Marítimo | Águia arrasadora passeia-se na Luz com “manita”

E vão 13 vitórias consecutivas. O Benfica versão 2022/23 só sabe ganhar e, na receção ao último classificado Marítimo, goleou de forma convincente por 5-0, tendo deixado mais alguns golos por marcar.

Desde o início que os homens da Luz pegaram no jogo e tornaram-no de sentido único, marcando um na primeira parte por Rafa Silva e quatro na segunda, por Gonçalo Ramos (2), David Neres e Julian Draxler, que se estreou a marcar com a camisola benfiquista, e através de um excelente lance individual.

As “águias” já levam cinco pontos de vantagem sobre o Porto e 11 em relação ao Sporting. Os insulares estão a viver o pior arranque de sempre na primeira divisão.

Fácil. A primeira parte foi de sentido único, com o Benfica a limitar o Marítimo a um só remate e apenas a 24% de posse de bola. Os “encarnados” estiveram sempre no ataque e a dificuldade foi arranjar espaços perante uma equipa tão recuada no terreno. Mas conseguiram, com muitos lances de perigo, um golo por Rafa Silva aos 28 minutos e três ocasiões flagrantes desperdiçadas até ao intervalo, por Rafa, João Mário e Gonçalo Ramos.

Os insulares não registaram sequer uma única ação com bola na área benfiquista, por culpa da pressão das “águias” e do acerto defensivo dos seus elementos mais recuados, mais uma vez com o jovem António Silva em evidência. Porém, o MVP nesta fase era mesmo Rafa, fruto do golo, de quatro remates (máximo), três enquadrados, e oito ações com bola na área contrária.

No segundo tempo manteve-se tudo na mesma toada. O Benfica continuou a dominar amplamente, a criar inúmeras ocasiões, umas atrás das outras, e os golos continuaram a aparecer. Gonçalo Ramos (47′) fez, com um toque habilidoso de calcanhar, o 2-0, e o atacante bisou aos 64 minutos, ao concluir após surgir isolado frente a Miguel Silva.

Dava para tudo, até permitir um golo ao Marítimo quando menos se esperava, por “Chucho” Ramírez, mas anulado por fora de jogo. E aos 82 minutos, Florentino roubou a bola em zona adiantada, esta sobrou para David Neres, que atirou a contar para o 4-0.

O marcador fechou com um grande golo de Julian Draxler, o primeiro do alemão com a camisola do Benfica, num belo lance em que deixou dois jogadores para trás, antes de rematar forte e colocado.

Tudo fácil para as “águias”, como as estatísticas finais o demonstram: 23-4 em remates, 12-1 em enquadrados, 46-5 em ações com bola na área contrária, 72% de posse de bola, entre outros números verdadeiramente arrasadores.

Melhor em campo

Que jogão de Rafa. A mobilidade e velocidade do atacante benfiquista desbarataram por completo a defesa do Marítimo, já de si atarantada com a intensidade do futebol benfiquista. Rafa abriu o ativo na Luz, com um belo golo, e foi o melhor em campo.

Além do tento, realizou quatro remates, três enquadrados, fez uma assistência em dois passes para finalização, oito passes ofensivos valiosos, recebeu 12 aproximativos (máximo), realizou dez ações com bola na área contrária (valor mais alto) e completou três de cinco tentativas de drible. A ocasião flagrante desperdiçada e os cinco maus controlos de bola impediram uma nota bem mais alta.

Destaques do Benfica

Alexander Bah 7.7

A jogar assim será complicado a Gilberto voltar ao “onze”. O dinamarquês fez uma grande exibição, abrilhantada por uma assistência em dois passes para finalização. Bah somou ainda seis conduções aproximativas (máximo), cinco recuperações de posse e três desarmes.

Julian Draxler 7.5

O alemão entrou para os derradeiros 20/25 minutos e mostrou já vislumbres da sua grande qualidade, com destaque para o grande golo que marcou e fechou a contagem na Luz. Draxler fez ainda um passe de rutura e criou uma ocasião flagrante, completando ainda as duas tentativas de drible. Falhou só um de 14 passes e integrou-se muito bem na área contrária, com quatro ações com bola nesta zona.

Álex Grimaldo 7.4

O espanhol está “on fire”. Dono do máximo de passes para finalização (5), Grimaldo criou uma ocasião flagrante e esteve muito bem nos momentos ofensivos, com um passe de rutura, dez ofensivos valiosos (máximo), dois cruzamentos eficazes em cinco e três passes super aproximativos.

António Silva 7.4

Mais um jogo incrível do “puto”. António Silva até se poderia ter estreado a marcar pelo Benfica, mas acertou com estrondo no poste no único remate que realizou. Além disso completou 60 dos 64 passes que realizou (94%), acertou nove de 13 longos, ganhou os três duelos aéreos defensivos em que participou e registou incríveis 14 recuperações de posse, máximo da partida.

Gonçalo Ramos 7.3

Na primeira parte destacou-se nas combinações com Rafa e na ocasião flagrante que desperdiçou. Na segunda compensou essa falha com dois golos, um de calcanhar, terminando o jogo com o máximo de remates (5), três deles enquadrados, dois duelos aéreos ofensivos ganhos em cinco e dez ações com bola na área contrária. Tem convertido as duas flagrantes que falhou e não sabemos onde a nota teria ido parar.

David Neres 7.2

Mais uma bela partida do brasileiro que, tal como Rafa, fez da mobilidade e velocidade as suas principais armas. Em dois remates, ambos enquadrados, fez um golo.

Otamendi 7.0

O entendimento com António Silva é quase perfeito. Otamendi sente até a liberdade de subir amiúde no terreno com a bola controlada, para causar desequilíbrios e também para pressionar. Somou três ações defensivas no meio-campo contrário, outros tantos desarmes e não falhou um único dos 78 passes que realizou, incluindo nove longos.

Enzo Fernández 6.9

Percebe-se porque Schmidt não prescinde dele. Enzo é uma autêntica máquina, saindo aos 68 minutos com incríveis 106 ações com bola, máximo da partida. Acumulou ainda três remates, todos de fora da área, criou duas ocasiões flagrantes, fez um passe de rutura, completou 89 de 95 passes (94%), 12 de 13 longos, registou dez aproximativos e cinco variações de flanco. Incrível.

Fredrik Aursnes 6.5

Titular na vaga de Florentino, o médio norueguês fez uma bela partida. Com um futebol simples, pragmático e de primeiro toque, completou 67 de 76 passes, recuperou oito vezes a posse de bola, fez três desarmes e voltou a dar-nos um nó na língua a tentar pronunciar o seu apelido.

Destaques do Marítimo

Miguel Silva 6.1

O guardião não teve culpa nos golos e foi o melhor do Marítimo, com excelentes sete defesas, três a remates na sua grande área e a menos de oito metros.

Cláudio Winck 5.2

O menos mau dos jogadores de campo. O lateral recuperou seis vezes a posse de bola e somou seis ações defensivas.

Resumo

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