Rescisão de 10 mil euros e zona privada em Camp Nou. As exigências de Messi para ficar no Barcelona

Em julho de 2021, o contrato de Lionel Messi com o Barcelona acabou. Depois de um mês de negociações falhadas, o jogador assinou pelo PSG. Uma investigação revelou agora o processo negocial com o clube catalão, no qual chegou a ser aceite uma clausula de rescisão de dez mil euros.

Segundo a investigação, realizada pelo El Mundo – que teve acesso as emails trocados entre o Barcelona e os intermediários do jogador, como é o caso do seu pai e agente Jorge Messi -, entre os vários pedidos constava um prémio de assinatura de contrato de dez milhões de euros e uma cláusula de rescisão de dez mil euros.

Num dos artigos, que puxa para título uma frase de Jorge Messi num dos emails – “que sintam a espada sobre a cabeça” -, o jornal espanhol relatou que o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeo, acabou por concordar com todas as exigências, menos com a cláusula de rescisão, que se devia manter nos 700 milhões de euros.

O jogador pedia ainda uma zona privada em Camp Nou para a sua família e de Luis Suárez; viagem para a Argentina em avião privado para toda a família no Natal; dez milhões de euros para assinar o novo contrato e o reembolso na íntegra e com juros de 3% dos 20% dos vencimentos de que abdicou durante o período da pandemia.

Para renovar o contrato – previsto para três temporadas -, exigia também uma atualização automática do salário indexada ao aumento da inflação e dos impostos; garantia de contrato para Pepe Costa, seu amigo e conselheiro; pagamento de comissões a Rodrigo Messi – antigo agente de Ansu Fati – e a possibilidade de prolongamento unilateral de contrato por parte do próprio jogador.

O El Mundo fez ainda um historial dos ordenados de Messi desde que chegou ao Barcelona, em 2000. A 05 de dezembro de 2001, com 14 anos, assinou um pré-contrato com o Barcelona, com uma cláusula indemnizatória de 150 mil euros caso o clube não lhe oferecesse um contrato profissional até 2003. Se Messi assinasse por outro clube, teria de indemnizar o Barcelona em cinco milhões de euros.

Nos primeiros anos como jogador não-profissional tinha um salário de 5409 euros por temporada. Em junho de 2003, assinou por nove temporadas, com as seguintes condições salariais para 2003-04: 46 mil euros por temporada, mais 1500 euros por cada jogo oficial (com um mínimo de 45 minutos). Estes valores subiriam em cada temporada, chegando aos 432 mil euros em 2011-12, mais 8414 por cada jogo.

De acordo com o jornal espanhol, a estes valores o Barcelona pagaria ainda um bónus anual de disponibilidade, mais direitos de imagem. Se disputasse 25 jogos Messi receberia um bónus de 901.518 euros, se chegasse aos 45 encontros encaixaria o mesmo valor duas vezes e se atingisse os 65 seria este valor a triplicar.

Mas não podia “receber mais do que um bónus por época, sem prejuízo da sua acumulação para a seguinte”. Tinha uma cláusula de rescisão de 150 milhões de euros se jogasse na equipa principal, 80 milhões na equipa B e 30 milhões na C.

No último contrato que Messi assinou com o Barcelona, em 2017 e válido até 2021, ganhava cerca de 138 milhões de euros por temporada, entre salário fixo e variáveis. Foi este contrato que chegou ao fim sem ser renovado.

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