Futebolistas querem afastamento do seleccionador nacional. Federação não cede: “Nem que tenhamos de jogar com juniores”.
A selecção feminina espanhola atravessa uma razia surpreendente: 15 futebolistas recusam jogar pelo seu país.
É uma situação inédita em Espanha, em qualquer selecção ou escalão, e será uma situação inédita em qualquer selecção feminina de futebol europeia.
A decisão foi comunicada à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), através de e-mails enviados nesta quinta-feira. Todos iguais.
Ainhoa Vicente Moraza, Patri Guijarro, Leila Ouahabi, Lucía García, Mapi León, Ona Batlle, Laia Aleixandri, Claudia Pina, Aitana Bonmatí, Andrea Pereira, Mariona Caldentey, Sandra Paños, Lola Gallardo, Nerea Eizaguirre e Amaiur Sarriegi recusam jogar pela selecção.
Todas consideram que não têm “condições emocionais” para serem orientadas por Jorge Vilda. E alegam que a presença do seleccionador nacional está a afectar a sua saúde.
Na convocatória anterior, numa reunião, as futebolistas já tinham pedido a demissão do selecionador mas o presidente da federação afastou esse cenário.
Não são conhecidos os motivos, pelo menos de forma pública, para esta decisão radical. Mas poderão ser razões extra-desportivas, lê-se no jornal Marca.
A RFEF não cede. A federação já reagiu, acusando as atletas de terem “passado das marcas”, e assegura que não vai permitir que as jogadoras questionem a continuidade do seleccionador e da sua equipa técnica, pois “não está dentro das suas competências”.
E acrescenta: só vão ser convocadas jogadoras que queiram jogar pela selecção. “Nem que tenhamos de jogar com juniores” – Espanha vai jogar duas vezes já em Outubro.
As 15 jogadoras em causa só voltarão à selecção principal caso “assumam o seu erro e peçam perdão”.
A lista tem seis jogadoras do Barcelona mas a melhor do mundo, Alexia Putellas, não se afastou da selecção. Nem Jenni Hermoso, nem Irene Paredes, nem qualquer futebolista do Real Madrid.
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