O guarda-redes Adán assumiu os erros na derrota do Sporting em casa do Marselha, por 4-1, na terceira ronda do Grupo D da Liga dos Campeões. Mas Ruben Amorim defende o seu jogador e critica a UEFA e a atitude dos responsáveis do Marselha.
Tudo começou mal para o Sporting no embate da Champions League com o Marselha. O clube português chegou atrasado ao Estádio Velódrome e o desafio só arrancou às 18 horas (19 horas em França) quando deveria ter começado às 17:45.
Já depois do apito inicial, o clube português ficou reduzido a 10 após a expulsão de Adán logo aos 23 minutos de jogo.
O guarda-redes viu um cartão vermelho depois de já ter cometido dois erros fatais nos lances dos primeiros dois golos do Marselha – aos 13 minutos, aliviou uma bola que bateu em Alexis Sánchez que abriu o marcador; e três minutos depois, ofereceu a bola a Guendouzi que deu origem ao lance do 2-1 para os franceses, marcado por Harit de cabeça.
O Sporting até tinha arrancado melhor, inaugurando o marcador logo ao primeiro minuto de jogo, com Trincão a marcar com um pontapé forte de pé esquerdo à entrada da área. Mas em apenas três minutos, o marcador virou e Adán não resistiu às culpas, acabando expulso sete minutos depois.
“Resta-me assumir a responsabilidade”, disse o guarda-redes na entrevista rápida depois do jogo, realçando que “quando se cometem erros assim, sobretudo a expulsão, a equipa tem de fazer um esforço físico maior, o jogo fica mais difícil para todos os que ficam no relvado”.
Contudo, o treinador Rúben Amorim recusa culpar Adán, frisando que “são momentos difíceis” que fazem parte do futebol e que “todos passamos por eles”. “Faz parte e só nos torna mais fortes”, sublinha.
Adán “sabe analisar, não lhe preciso dizer nada, já nos salvou tantas vezes“, acrescenta o técnico, considerando que “vai trabalhar mais” e que “tem o Vital para lhe dar na cabeça”.
Sobre o resultado em si, nota que é preciso “aprender para o futuro”. “São momentos difíceis, mas vamos dar a volta”, conclui.
Marselha irritado com atraso do Sporting
O atraso na chegada ao Estádio foi um momento caricato, tanto mais que se trata de um jogo da Liga dos Campeões. Os responsáveis do Marselha ficaram muito incomodados com a situação e chegaram a pedir a intervenção do árbitro, no sentido de atribuir a derrota ao Sporting por falta de comparência.
Nas redes sociais, há um vídeo que mostra o treinador do Marselha, Igor Tudor, muito irritado em conversa com o corpo de arbitragem.
“Isto é a Liga dos Campeões, não é um torneio amador”, ouve-se a dizer a um adjunto do treinador do Marselha. “Eles fazem o que querem, são eles que decidem”, nota, por seu lado, Tudor, considerando que é “incrível”.
“Agora estamos mais cansados do que a vossa equipa porque ganharam 10 minutos“, atira Tudor quando a equipa do Sporting chega, virando-se para a comitiva perante o olhar surpreendido de Hugo Viana.
No vídeo também é possível escutar uma ligeira troca de palavras entre Tudor e Viana, mas não se consegue perceber o que diz o director desportivo do Sporting.
@rmcsport 🤬😤 Le coach de l’OM Igor Tudor était très remonté contre le corps arbitral face au gain de temps obtenu par le Sporting (cette rencontre de Champions League ayant été décalée à 19h au lieu de 18h45). Revivez cette séquence en inside #teamom #om #marseille #pourtoi #championsleague #inside #france #guendouzi #tudor ♬ son original – rmcsport
Amorim critica “falta de humildade” do Marselha
Sobre este insólito atraso, Ruben Amorim explica que “deveu-se ao trânsito” e culpa a UEFA pelo sucedido.
“Há uma reunião da UEFA em que nos explicam quantos minutos precisamos para sairmos do hotel, é estudado. Ficámos presos no trânsito e quando isso acontece não temos culpa”, afiança o treinador.
“Em 45 segundos fizemos aquecimentos, activação mental, ligar os pés, massagens”, acrescenta Rúben Amorim, considerando que “faltou humildade ao Marselha quando falam para nós como se tivéssemos culpa”.
“Sei que é chato para o Marselha, mas não temos culpa, queremos cumprir as regras, fizemos tudo de acordo com as regras. Saímos com tempo extra”, acrescenta, notando que “a UEFA deve ter sensibilidade”.
“Nós é que não tivemos tempo, nós é que fomos prejudicados“, sustenta ainda.
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