O Porto manteve a tradição nas visitas ao Portimonense e venceu pela 12ª vez consecutiva na casa do emblema algarvio.
O desfecho não espanta perante os desempenhos dos dois conjuntos, que os números corroboram de forma inequívoca.
Desde o arranque os “dragões” pegaram no jogo, dominaram, criaram perigo e, depois, no segundo tempo, geriram com tranquilidade, permitindo apenas algumas ocasiões aos comandados de Paulo Sérgio, ainda assim perigosas. Otávio, no primeiro tempo, e Pepê, no segundo, fizeram os golos.
Domínio portista com fogachos algarvios
O domínio portista era esperado e concretizou-se desde cedo. Mais bola, remates, muito mais ações na área algarvia do que o oposto, boa qualidade de passe, só faltavam os espaços para criar verdadeiro perigo.
Surgiram aos 22 minutos, aproveitados por Otávio para fazer o 1-0 – numa assistência estranha de Evanilson com a barriga. Os homens da casa não se deixaram atemorizar e reagiram, tentando sempre atacar e explorar as costas da defesa portista, embora sem grande resultado, pois os “dragões” iam controlando os acontecimentos, como que a gerir a partida.
Ainda antes do intervalo, Taremi, primeiro, e Fábio Cardoso, depois, podiam ter ampliado, mas ambos acabaram de desperdiçar. Assim, o melhor ao intervalo era Otávio com o golo, sete passes ofensivos valiosos e quatro desarmes, além de dois passes super aproximativos.
O domínio portista intensificou-se no segundo tempo, ainda com mais bola, embora com menor intensidade, e o segundo golo aconteceu logo aos 52 minutos, da autoria de Pepê, assistido por Taremi, o homem do costume. E pouco depois da hora de jogo foi Otávio a estar perto de ampliar, mas o guarda-redes Nakamura evitou males maiores para a sua equipa.
Aos 76 minutos, duas vezes a bola nos ferros, a última com Yago Cariello, em excelente posição, a acertar na barra. E perto do fim foi Diogo Costa a negar o tento a Yago.
O Portimonense procurava o golo que lhe permitisse reentrar na discussão da partida, mas o “dragão” ia controlando os acontecimentos, tentando, ao mesmo tempo, lançar velozes contragolpes. Porém, o resultado estava feito. Triunfo ajustado dos “azuis-e-brancos”.
Melhor em Campo: Otávio
Regresso à titularidade e às grande exibições. Otávio abriu o ativo na primeira parte, enquadrou os dois remates e esteve muito bem em dois detalhes do jogo: no passe, com 11 ofensivos valiosos, nove aproximativos e dois super aproximativos, e defensivamente, contabilizando cinco desarmes, máximo da partida.
Destaque do FC Porto
Pepê 8.0 – Está um senhor jogador. O brasileiro esteve em todo o lado, a defender, com nove recuperações de posse e três interceções, e a atacar, com um golo marcado, quatro passes para finalização e sete ofensivos valiosos. Tem uma energia inesgotável.
Eustáquio 7.2 – O médio está a crescer a olhos vistos. No ataque criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, na retaguarda somou dois bloqueios de remate.
Rodrigo Conceição 6.8 – A jogar assim, dificilmente perderá a vaga de lateral-direito. Além de dois cruzamentos de bola corrida eficazes em três tentados, somou quatro conduções aproximativas, o máximo de desarmes (6) e ainda cinco alívios.
Taremi 6.4 – Mais um belo desempenho do Jogador do Mês GoalPoint de Setembro. Taremi fez mais uma assistência, a quinta nos últimos cinco encontros, foi o mais rematador da partida, com cinco disparos, dois enquadrados, e o máximo de ações com bola na área contrária (9).
Uribe 6.4 – Trabalhador incansável, o colombiano acumulou o máximo de recuperações de posse no jogo (11) e registou cinco desarmes e três interceções. Um autêntico pêndulo.
Fábio Cardoso 6.1 – Na vaga do lesionado Pepe, o central esteve muito acivo, com 77 acções com bola (segundo valor mais alto), recuperou seis vezes a posse de bola e fez cinco alívios.
Diogo Costa 6.1 – Pode não ter tido muito trabalho, mas numa das vezes que teve, negou o golo a Cariello. Terminou com duas defesas, ambas a remates na sua grande área.
David Carmo 5.8 – O central tarda em realizar uma exibição convincente. É certo que não comprometeu, tendo realizado mesmo um corte decisivo, mas no passe conseguiu somar o máximo de falhados (14) e de entregas de risco falhadas (6).
Destaques do Portimonense
Nakamura 6.8 – O Portimonense até teve mais xG final e criou perigo na segunda parte, mas quando o Porto esteve por cima, o guardião japonês mostrou-se em bom plano, não tendo culpa nos dois golos sofridos. Nakamura terminou com cinco defesas, quatro a remates na sua grande área, e ainda lançou dois pontapés de baliza eficazes para o último terço.
Relvas 6.3 – Belíssima partida do central dos algarvios, muito bem nos duelos aéreos, com quatro defensivos ganhos em cinco, e também três interceções e o máximo de alívios (8).
Luquinha 6.1 – O médio-ofensivo brasileiro tentou criar desequilíbrios, em especial no segundo tempo. Conseguiu fazer três passes para finalização e recebeu sete passes aproximativos.
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