O ministro do Desporto da Rússia, Oleg Matitsin, desmentiu que o seu ministério esteja a formar batalhões de voluntários entre os atletas e desportistas russos para combaterem na Ucrânia.
“Não estamos a formar batalhões com desportistas profissionais. Cada um deve fazer o seu trabalho da melhor forma”, disse o ministro em declarações aos media do país.
Matitsin reagia desta forma a informações que davam conta da intenção do Governo russo de formar unidades de especialistas integradas exclusivamente por desportistas.
“Cada um tem o direito de optar, seja desportista, trabalhador ferroviário ou condutor. Se alguém pretender alistar-se como voluntário e defender a sua pátria, todas as honras e elogios para ele”, assinalou o ministro.
As autoridades russas ordenaram há alguns meses a todas as regiões a formação de batalhões de voluntários, apesar de os recuos no campo de batalha e a falta de efetivos terem forçado o Presidente russo, Vladimir Putin, a declarar em setembro uma mobilização parcial.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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