Tribunal, balizas irregulares, VAR e violência: 5 jogos insólitos (ou surreais) neste fim-de-semana

Vítor Pereira em treino do Corinthians

Premier League e Brasileirão com episódios invulgares para contar. Equipa de Vítor Pereira nem sequer jogou.

Foi difícil decidir por onde começar, após este fim-de-semana estranho nos principais campeonatos de futebol no Reino Unido e no Brasil.

Mas comecemos por onde se fala português e pelos casos que envolvem treinadores portugueses.

No sábado o Corinthians, liderado por Vítor Pereira, iria jogar em Goiás. Iria. O jogo nem sequer começou.

Supostamente o duelo só iria contar com adeptos da equipa da casa, para evitar confrontos entre adeptos dos dois conjuntos – há histórico de violência entre os dois lados e houve cenas de pancadaria no jogo da primeira volta do campeonato, em Junho.

Esta decisão foi do Tribunal de Justiça de Goiás, que seguiu uma recomendação do Ministério Público local.

O Corinthians não desistiu, apresentou o caso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva e esta entidade suspendeu o jogo, defendendo a “ordem desportiva e o equilíbrio das competições”.

O famoso comentador Paulo Vinícius Coelho lamentou este processo, na Globo: “É como se o Brasil voltasse de vez à década de 1970“.

Ainda não há nova data para o encontro.

Jogo acaba mais cedo

O Ceará-Cuiabá foi disputado, terminou com um empate a um golo e terminou com novas cenas de violência. Até acabou antes do que seria suposto.

Houve invasão de campo logo depois do golo de Jô, que marcou pelo Ceará e igualou o resultado já nos descontos da segunda parte. Adeptos do Ceará confrontaram-se (entre si) na bancada e depois invadiram o relvado.

Jogadores e árbitros correram para os balneários, para fugirem dos adeptos, e o árbitro acabou o jogo mais cedo do que o previsto por entender que não havia segurança no estádio. Algumas crianças ficaram feridas.

O Cuiabá é treinado por António Oliveira, enquanto o treinador do Ceará é Lucho González.

Polícias facilitaram?

Cenário semelhante na segunda divisão do Brasil, no Sport-Vasco: igualmente nos descontos da segunda parte, o vídeo-árbitro confirmou golo para os visitantes e os adeptos do Sport invadiram o campo para agredirem jogadores do Vasco – que correram para os balneários.

Esta atitude dos seguidores da casa foi uma reacção a uma provocação de Raniel, jogador do Vasco – formado no Sport – que tinha acabado de apontar o golo do empate (1-1).

A direcção do Vasco da Gama alegou não ter condições para voltar ao relvado e o jogo acabou mais cedo.

Neste caso os polícias presentes no estádio tão a ser acusados de terem facilitado a entrada dos adeptos do Sport que deixaram a bancada.

Os jogadores do Sport, igualmente furiosos devido às provocações adversárias, também perseguiram os jogadores do Vasco e tentaram entrar no balneário da turma visitante.

Sem comunicações

Na Premier League o líder Arsenal prolongou a sua grande temporada, com nova vitória. Mas o jogo em Leeds (0-1) ficou marcado por outro motivo.

Estava decorrido apenas um minuto: lançamento lateral, o árbitro principal aproveita para verificar as comunicações com os árbitros assistentes e com o vídeo-árbitro; reparou que não estava a funcionar e interrompeu jogo.

Esta avaria suspendeu o encontro durante 40 minutos. As equipas realizaram duas vezes exercícios de aquecimento para este duelo.

Balizas altas

Na segunda divisão de Inglaterra o encontro entre Hull City e Birmingham (0-2) começou mais tarde porque…as balizas estavam demasiado altas.

A colocação das balizas não terá sido feita da melhor forma e os postes foram cortados, mesmo no relvado, para o jogo poder arrancar.

5 centímetros faziam a diferença.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]


Comentários

2 comentários a “Tribunal, balizas irregulares, VAR e violência: 5 jogos insólitos (ou surreais) neste fim-de-semana”

  1. Avatar de Palermice total
    Palermice total

    Que coisa é esta de futebol em que 22 gajos correm atrás de uma bola e se mata por isso?
    Isto não tem pés nem cabeça. Deviam acabar com o futebol de vez. Pelo menos, deixar de lhe dar tempo de antena nas televisões.

  2. “tão” a ser acusados?

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