Premier League e Brasileirão com episódios invulgares para contar. Equipa de Vítor Pereira nem sequer jogou.
Foi difícil decidir por onde começar, após este fim-de-semana estranho nos principais campeonatos de futebol no Reino Unido e no Brasil.
Mas comecemos por onde se fala português e pelos casos que envolvem treinadores portugueses.
No sábado o Corinthians, liderado por Vítor Pereira, iria jogar em Goiás. Iria. O jogo nem sequer começou.
Supostamente o duelo só iria contar com adeptos da equipa da casa, para evitar confrontos entre adeptos dos dois conjuntos – há histórico de violência entre os dois lados e houve cenas de pancadaria no jogo da primeira volta do campeonato, em Junho.
Esta decisão foi do Tribunal de Justiça de Goiás, que seguiu uma recomendação do Ministério Público local.
O Corinthians não desistiu, apresentou o caso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva e esta entidade suspendeu o jogo, defendendo a “ordem desportiva e o equilíbrio das competições”.
O famoso comentador Paulo Vinícius Coelho lamentou este processo, na Globo: “É como se o Brasil voltasse de vez à década de 1970“.
Ainda não há nova data para o encontro.
Jogo acaba mais cedo
O Ceará-Cuiabá foi disputado, terminou com um empate a um golo e terminou com novas cenas de violência. Até acabou antes do que seria suposto.
Houve invasão de campo logo depois do golo de Jô, que marcou pelo Ceará e igualou o resultado já nos descontos da segunda parte. Adeptos do Ceará confrontaram-se (entre si) na bancada e depois invadiram o relvado.
Cenas lamentáveis… pic.twitter.com/ONUF6kXOQG
— ge (@geglobo) October 16, 2022
Jogadores e árbitros correram para os balneários, para fugirem dos adeptos, e o árbitro acabou o jogo mais cedo do que o previsto por entender que não havia segurança no estádio. Algumas crianças ficaram feridas.
O Cuiabá é treinado por António Oliveira, enquanto o treinador do Ceará é Lucho González.
Polícias facilitaram?
Cenário semelhante na segunda divisão do Brasil, no Sport-Vasco: igualmente nos descontos da segunda parte, o vídeo-árbitro confirmou golo para os visitantes e os adeptos do Sport invadiram o campo para agredirem jogadores do Vasco – que correram para os balneários.
Esta atitude dos seguidores da casa foi uma reacção a uma provocação de Raniel, jogador do Vasco – formado no Sport – que tinha acabado de apontar o golo do empate (1-1).
A direcção do Vasco da Gama alegou não ter condições para voltar ao relvado e o jogo acabou mais cedo.
Neste caso os polícias presentes no estádio tão a ser acusados de terem facilitado a entrada dos adeptos do Sport que deixaram a bancada.
Imagens da confusão na partida entre Sport e Vasco.
No final do vídeo é possível ver um torcedor chutando uma mulher que estava caída no chão.pic.twitter.com/1sLqPnOFuZ
— FutebolNews (@realfutebolnews) October 16, 2022
Os jogadores do Sport, igualmente furiosos devido às provocações adversárias, também perseguiram os jogadores do Vasco e tentaram entrar no balneário da turma visitante.
Sem comunicações
Na Premier League o líder Arsenal prolongou a sua grande temporada, com nova vitória. Mas o jogo em Leeds (0-1) ficou marcado por outro motivo.
Estava decorrido apenas um minuto: lançamento lateral, o árbitro principal aproveita para verificar as comunicações com os árbitros assistentes e com o vídeo-árbitro; reparou que não estava a funcionar e interrompeu jogo.
Esta avaria suspendeu o encontro durante 40 minutos. As equipas realizaram duas vezes exercícios de aquecimento para este duelo.
Balizas altas
Na segunda divisão de Inglaterra o encontro entre Hull City e Birmingham (0-2) começou mais tarde porque…as balizas estavam demasiado altas.
A colocação das balizas não terá sido feita da melhor forma e os postes foram cortados, mesmo no relvado, para o jogo poder arrancar.
NÃO É MEME! 😂
Hull City x Birmingham City vai começar atrasado porque os gols são maiores do que o normal. Estão sendo serrados 5cm a menos. 🤷🏼♂️ pic.twitter.com/YFCwR1soCq
— Guia da Premier League (@GuiadaEPL) October 16, 2022
5 centímetros faziam a diferença.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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