Empolgante. O Benfica garantiu o apuramento para os oitavos-de-final da Champions League, mas teve de o fazer provocando primeiro um ataque de orgulho aos seus adeptos e depois um ataque de nervos até ao apito final.
A formação “encarnada” chegou a ser brilhante, com jogadas de “FIFA”, a deixarem em frangalhos uma Juventus que foi completamente banalizada e vergada a uma goleada de 4-1, durante 75 minutos. Depois, as “águias” abrandaram o ritmo, deram o flanco (o direito, para sermos específicos) e a “velha senhora” aproveitou para marcar dois golos de rajada, para 4-3, lançando minutos finais tensos na Luz e acabando até com Expected Goals a sugerirem o empate. Rafa Silva fez um jogo de grande nível, que poderia mesmo ter valido nota máxima, não tivesse desperdiçado duas ocasiões flagrantes, uma delas que podia ter dado outra tranquilidade ao Estádio da Luz, nos instantes finais.
Brilhantismo antes de sofrer
Ambiente quente e um Benfica personalizado, confiante, com trocas de bola seguras atrás, vertiginosas e ao primeiro toque na frente, com belíssimas combinações de ataque, domínio absoluto da posse e um golo de António Silva ais 17 minutos. Enzo Fernández cruzou da esquerda e o jovem central desviou de cabeça para o 1-0, ao quarto remate benfiquista, primeiro enquadrado. A superioridade era evidente e o futebol benfiquista empolgava, mas aos 21 minutos, na sequência de um lance confuso, Dušan Vlahović marcou, lance inicialmente anulado por fora de jogo, mas confirmado pelo VAR, pois a bola ultrapassou totalmente a linha de golo antes de Moise Kean (adiantado) intervir.
Contudo, foi sol de pouca dura. O árbitro assinalou penálti por mão na bola de Juan Cuadrado na área e João Mário (28′) não vacilou da marca dos 11 metros. A Juventus, a perder, gizou alguns bons lances de ataque, mas o Benfica estava endiabrado e fez o 3-1 num golo de grande nível de Rafa Silva (35′), num vistoso toque de calcanhar, assistência de João Mário. O médio era o MVP ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.4, com um golo, uma assistência, só um passe falhado em 12 e uma sólida movimentação pelo flanco direito, com excelentes combinações com os colegas de equipa.
O festival do Benfica prosseguiu na segunda parte, com jogadas colectivas de grande recorde e mais um golo, o bis de Rafa, aos 50 minutos, isolado perante Szczęsny, colocando a bola por cima do guardião polaco. Os “encarnados” continuavam a pressionar o portador da bola com critério, de forma colectiva, cortavam linhas de passe e anulavam a “vecchia signora” com uma facilidade surpreendente.
As oportunidades iam-se sucedendo, com evidência para Rafa, só que claramente desgastado, o atacante começava a finalizar com menor clarividência. Quem não padecia desse mal era Arkadiusz Milik que, de primeira, fez um grande golo em cima dos 77 minutos. E logo a seguir, aos 79, Weston McKennie causou apreensão na Luz, ao reduzir para 4-3. O 5-3 poderia ter surgido aos 86 minutos, quando Rafa se isolou e, perante o guardião da Juve, atirou… ao poste. Não aconteceu, mas também não chegou o empate, pois o Benfica soube aguentar até final a pressão italiana.
Rafa Player of the Match 🌟
🗣”Não me costumam ver sorrir muito, pois gosto de guardar isto para dentro.”
🎙 Rafa à ELEVEN | Ricardo Rampazzo#ChampionsELEVEN pic.twitter.com/Bs9LPAdGbr— ELEVEN Portugal (@ElevenSports_PT) October 25, 2022
MVP GoalPoint: Rafa Silva
Jogo para mais tarde recordar de Rafa Silva, que poderia ter sido ainda mais épico, caso não tivesse desperdiçado duas ocasiões flagrantes já numa fase final do encontro em que se notava um grande desgaste. O atacante correu quilómetros, rompeu, organizou, defendeu, rasgou a defesa contrária e marcou dois golos, sendo o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.2. O mais rematador da partida, com seis disparos, um ao poste, fez dois passes para finalização, oito ofensivos valiosos, nove acções com bola na área contrária (máximo) e quatro conduções aproximativas.
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