A FIFA e a UEFA ameaçaram excluir as seleções e os clubes gregos das competições internacionais de futebol se o governo aprovar um projeto-lei que, segundo a federação helénica, vai permitir ingerências políticas na gestão da modalidade.
De acordo com órgãos de comunicação social gregos, a FIFA e a UEFA enviaram esta terça-feira cartas à federação grega de futebol, apoiando o organismo na oposição à proposta governamental.
“O projeto-lei apresentado pelo governo constitui uma ameaça à autonomia da federação de futebol grega”, disse uma fonte da estrutura federativa à agência noticiosa espanhola EFE, recusando comentar o conteúdo das referidas cartas.
Entre os pontos mais polémicos da proposta legislativa constam a limitação de mandatos dos dirigentes federativos a um máximo de dois e a mudança do sistema eleitoral para o organismo, assim como o procedimento de nomeação de árbitros.
No caso de ser aprovada, a nova norma vai tornar mais rigorosos os critérios para os pretendentes a integrar a comissão responsável para nomear os árbitros.
“O que incomoda mais a federação é o máximo de dois mandatos introduzido no projeto-lei e a mudança no método de nomeação de árbitros”, explicou à EFE uma fonte do Ministério da Cultura e dos Desportos da Grécia.
Esta não é a primeira vez que a FIFA e a UEFA atuam na Grécia para salvaguardar a autonomia da federação grega de possíveis ingerências do Estado.
Em 2006, os dois organismos excluíram todas as equipas e seleções gregas de competições internacionais por um caso idêntico e só cessaram estas medidas quando o Governo grego cedeu.
/Lusa
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