O Porto festejou, durante a semana, a goleada e passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, mas na ressaca a esse feito perdeu dois pontos na visita ao Santa Clara, jogo da 11ª jornada da Liga bwin.
A formação da Invicta marcou logo no arranque da partida, por Fábio Cardoso, e como que “morreu” a partir daí qualquer perspectiva de qualidade e bom futebol. Partida de muita luta, pouca clarividência e um só golo mais, na segunda parte, numa cabeçada de Boateng já perto do fim. O Porto soma o quarto jogo (em 11 jornadas) a perder pontos, o segundo consecutivo após a derrota do clássico.
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O jogo começou praticamente com o 1-0, logo aos três minutos, por um antigo homem dos anfitriões, Fábio Cardoso, que cabeceou após livre da direita de Bruno Costa e não festejou. Um tento que obrigou os homens da casa a serem mais afoitos do que, provavelmente, teriam planeado para a primeira parte. O Santa Clara não teve muito a bola, mas tentou sempre o ataque, registando menos remates, é certo, mas o mesmo número de enquadrados.
O Porto, porém, foi sempre mais perigoso na etapa inicial, com Galeno e Evanilson (2) a contribuírem para os Expected Goals (xG) a favor bem elevados para os portistas, com boas ocasiões que desperdiçaram. O melhor em campo nesta fase era Fábio Cardoso, com um GoalPoint Rating de 6.6, pelo golo que marcou e pela excelente qualidade de passe, com somente um desperdiçado em 49.
O segundo tempo foi mal jogado. O Porto continuou a ter mais bola, mas praticamente não chegava com perigo ao último terço, sendo o Santa Clara a equipa mais afoita no ataque, com mais remates, mas sem grande inspiração. Os lances eram construídos aos repelões, a luta era intensa, mas com muita bola pelo ar e sem combinações colectivas ou lances de inspiração individual.
Até que aos 83 minutos, o balde de água fria para os campeões nacionais. Canto da esquerda e Boateng, nas alturas, cabeceou para o empate, ao nono remate dos da casa, quinto enquadrado, mais um que os portistas. O “dragão” partiu para cima do seu adversário e Taremi viu Gabriel Batista realizar uma grande defesa que segurou um pouco para os açorianos.
Melhor em Campo
Frente à sua antiga equipa, Fábio Cardoso foi o melhor em campo e começou a sê-lo bem cedo. O central marcou o golo do Porto, num golpe de cabeça, e depois esteve muito competente no passe (93% de eficácia). Foi o segundo jogador em acções com bola (95), ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou e somou cinco alívios.
Destaques do Santa Clara
Boateng 6.8
O central fez o golo do Santa Clara e foi o melhor dos açorianos. O togolês esteve ainda sólido a defender, registando sete recuperações de posse e outros tantos alívios, máximo do jogo.
Gabriel Batista 6.6
O Porto criou perigo a espaços, mas quando o fez esbarrou num guarda-redes inspirado, que fez três defesas, todas a remates na sua baliza, uma delas a tirar um golo certo a Taremi.
Sagna 5.9
O lateral-direito senegalês “secou” Galeno, obrigando o brasileiro a fugir muitas vezes para zonas centrais. Defensivamente esteve muito forte, com registo de 12 acções defensivas, com destaque para quatro intercepções e dois bloqueios de remate, ambos máximos. Ganhou três de cinco duelos aéreos defensivos.
Destaques do Porto
Bruno Costa 6.5
O médio, este sábado no lugar do castigado Eustáquio, começou por fazer a assistência para o golo de Fábio Cardoso, tendo terminado a partida com o máximo de passes para finalização (4), passes super aproximativos (4, a par de Otávio) e acções defensivas no meio-campo contrário (4, com Evanilson e Bruno Almeida).
Diogo Costa 6.4
O golo cedo do Porto obrigou o Santa Clara a atacar e o guardião do Porto teve de se aplicar, realizando algumas defesas de qualidade. No total foram quatro paradas, embora só uma na sua grande área.
Otávio 6.3
Como sempre lutou muito e tentou carregar a sua equipa para a frente. O médio fez três remates, criou uma ocasião flagrante, fez os tais quatro passes super aproximativos e completou duas de quatro tentativas de drible. De negativo os 15 passes falhados e as 26 perdas de posse, ambos máximos.
David Carmo 5.7
Nota-se intranquilidade no central, que às vezes comete erros incompreensíveis. Nesta partida ameaçou por algumas vezes, mas acabou por não complicar, registando seis alívios, três passes super aproximativos e o máximo de ações com bola (99).
Uribe 5.6
O médio colombiano já atravessou melhores momentos. Menos participativo em momentos ofensivos, acumulou, ainda assim, alguns números interessantes, como o máximo de recuperações de posse (14) e de duelos aéreos defensivos ganhos (4 em 6). Mas não é hábito tantas perdas de posse no primeiro terço (5) e maus controlos de bola (4).
Zaidu 5.5
O ex-Santa Clara teve um jogo difícil. Apesar dos muitos ataques contrários, somou só quatro acções defensivas, registou cinco perdas de posse no primeiro terço e sete maus controlos de bola. De positivo as dez recuperações de posse e uma ocasião flagrante criada.
Taremi 5.5
Muito tentou o iraniano, que registou quatro remates, dois enquadrados, e criou uma ocasião flagrante e fez um passe de ruptura. Recebeu ainda 11 passes aproximativos e ganhou cinco de oito duelos aéreos.
Galeno 5.1
O extremo teve grandes problemas para passar por Sagna, sendo obrigado a flectir muitas vezes para o meio. Foi assim que conseguiu ser o mais rematador, com cinco disparos, três de fora da área, ainda que tenha assinado o máximo de ações com bola na área contrária. Porém esteve desinspirado, desperdiçando uma flagrante.
Resumo do jogo
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