Piqué anuncia fim repentino da carreira. Eis as duas possíveis razões

Sem que ninguém contasse, Gerard Piqué anunciou o fim da carreira de futebolista, disputando o seu último jogo pelo Barcelona este sábado.

O internacional espanhol Gerard Piqué anunciou, esta quinta-feira, o fim da sua carreira de futebolista. O defesa do FC Barcelona vai fazer o último jogo pelo clube no próximo sábado. A despedida de Piqué, feita através de uma publicação nas redes sociais, apanhou todos de surpresa.

“Este sábado jogarei o meu último jogo no Camp Nou, e passarei a ser mais um culer, a animar a equipa e a transmitir o amor pelo Barça aos meus filhos, como a minha família fez comigo”, diz o defesa de 35 anos no vídeo partilhado.

“Decidi que este é o momento de fechar o ciclo. Sempre disse que depois do Barcelona não teria outro clube e assim será”, acrescenta.

No sábado, a equipa recebe o Almería, visitando depois o Osasuna, no dia 8, antes da paragem do futebol de clubes para o Mundial, no Qatar, a partir de dia 20 deste mês.

O defesa jogou 14 épocas na equipa principal do FC Barcelona, clube que o formou e ao qual regressou em 2008, depois de jogar no Manchester United.

Internacional por Espanha, Piqué fez 606 jogos e marcou 52 golos ao serviço do Barcelona. Na mensagem de despedida, Piqué recordou o carinho pelo Barcelona e os mais de 30 títulos conquistados ao serviço do clube.

Segundo o jornal Marca, o presidente do Barcelona terá proposto uma cerimónia de despedida, numa conferência de imprensa com jogadores e direção. No entanto, Piqué terá rejeitado a honra e explicado que teria outros planos. O espanhol terá ainda prescindido de um ano e meio de salários.

Falta de minutos ou rumo à presidência?

“E já me conhecem. Mais tarde ou mais cedo voltarei”, diz Gerard Piqué no vídeo de despedida, com os olhos postos na tribuna de Camp Nou.

Assim, ao pendurar as chuteiras, Piqué pode estar a preparar-se para uma possível candidatura à presidência do Barcelona. Depois de os recentes escândalos que o clube atravessou, sob a presidência de Joan Laporta, os adeptos do emblema catalão podem ver com bons olhos a chegada de Piqué.

Em Espanha, a imprensa desportiva adianta que a retirada de Piqué não estava planeada e prende-se com a falta de minutos de jogo. De acordo com a Cadena SER, o jogador percebeu que não ia ter os minutos prometidos no início da época e que só jogaria em último caso.

Este verão, o Barcelona contratou Jules Koundé e Andreas Christensen, mas foi prometido a Piqué que manteria a titularidade. Contudo, tal acabou por não se verificar. O veterano central conta com pouco mais de 500 minutos, distribuídos por apenas nove partidas.

O catalão venceu tudo o que havia para vencer, sobretudo no seio da equipa do Barça de Pep Guardiola, com oito títulos de campeão espanhol a juntarem-se a uma Liga inglesa, ainda pelo United.

Pelos red devils venceu a Liga dos Campeões em 2007/08, um ano antes de fazer o feito no novo clube, tornando-se um de apenas quatro jogadores a vencer a Champions dois anos seguidos por duas equipas diferentes, ao lado do português Paulo Sousa, do francês Marcel Desailly e do camaronês Samuel Eto’o, seu antigo companheiro.

Ainda ganhou outras duas Champions e somou numerosos outros troféus, de Taças do Rei a Supertaças e Mundiais de clubes, amealhando mais de 600 jogos pelos culés.

Pela seleção espanhola, jogou 102 vezes, a partir de 2009 e até 2018, vencendo o Mundial de 2010 e o Europeu de 2012.

O jogador tem-se envolvido, também, com o lado empresarial do desporto, ao fundar a empresa Cosmos, que reformulou a Taça Davis, no ténis, e ao ser o proprietário do FC Andorra, um clube andorrenho a jogar na segunda divisão do futebol espanhol.

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]


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