Mundial de hóquei em patins com calendário invulgar. Alemães impediram, com dificuldade, um encontro lusófono nos quartos-de-final.
O hóquei em patins já nos habituou a episódios que, noutras modalidades, são raros ou mesmo impossíveis.
Mesmo em grandes torneios, como Europeus ou Mundiais, há falhas de organização, há decisões duvidosas e há jogos inacreditáveis.
Portugal foi palco de dois episódios recentes, no Europeu do ano passado em Paredes.
Primeiro, a França empatou – propositadamente? – com Andorra e depois perdeu – propositadamente? – por 3-1 contra a Espanha, o resultado certo para deixar Portugal fora da final.
Quase um ano depois, o Mundial na Argentina apresentou um calendário, no mínimo, discutível.
Nesta quinta-feira, logo pelas 9h30 da manhã locais, Moçambique e Alemanha entraram em campo para disputar um play-off.
A Alemanha apurou-se para este jogo porque venceu o Grupo B da Taça Intercontinental, uma espécie de segunda divisão do Mundial, que também decorre em San Juan.
Moçambique foi relegado para este jogo porque ficou no último lugar do Grupo B do Mundial, atrás de Argentina, Espanha e Angola.
Alemanha venceu por 3-2, com o golo da vitória a ser apontado a apenas dois minutos do final, e por isso vai estar nos quartos-de-final, onde terá Portugal pela frente.
Até aqui, nada especial. Um formato diferente, mas aceitável.
A questão é que o jogo entre Portugal e Alemanha vai disputar-se…ainda hoje, quinta-feira. Começa às 19h30 locais.
Ou seja, a Alemanha vai jogar duas vezes no mesmo dia, num Mundial.
O encontro de destaque nos quartos-de-final é o Espanha-França, a reedição da final do tal Europeu estranho. Itália vai defrontar Angola, Argentina espera pelo vencedor do duelo entre Chile e Colômbia.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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