O Qatar está a ser acusado de contratar centenas de “falsos adeptos” para apoiar as várias seleções que vão participar no Mundial de 2022.
Vários vídeos têm sido divulgados na internet, mostrando pessoas a entoar cânticos, equipadas com a camisola de seleções como Portugal, Espanha, Inglaterra e Brasil.
O problema é que estes adeptos não parecem ser dos países em questão. Num desfile pelas ruas de Doha, em que estavam representados todas nações participantes, eram vistos vários adeptos que não pareciam pertencer aos países que representavam no desfile.
O jornal espanhol El Mundo escreve que os adeptos terão sido contratados pela organização do Campeonato do Mundo, para criar um ambiente de festa no Qatar.
Qatar is ready for the World Cup pic.twitter.com/tvI6Wc6I50
— World Cup (@worIdcupHQ) November 16, 2022
— Out Of Context Football (@nocontextfooty) November 16, 2022
The Portuguese fans have arrived in Qatar… 😭 pic.twitter.com/Z0ym01261P
— Seleção Portuguesa (@PortugalTalks) November 12, 2022
A conta de TikTok Qatari Living, que tem mais de 400 mil seguidores, tem partilhado vídeos dos ‘adeptos’ de diferentes países enquanto caminham por Doha.
@qatarlivingBrazilian national team fans and supporters in Doha Corniche جماهير ومشجعي البرازيل في كورنيش الدوحة♬ original sound – qatarliving
No vídeo de Portugal, os adeptos são vistos a caminhar pelas ruas com bandeiras nas mãos e muitos deles equipados com a camisola de Cristiano Ronaldo.
@qatarlivingFans of Portuguese national team 🇵🇹
Em resposta, a organização do Campeonato do Mundo rejeitou as acusações e defendeu que “a paixão dos adeptos pelo futebol é autêntica”.
No entanto, nos vários vídeos, são usados os mesmos instrumentos musicais e buzinas, levando muitos a questionarem a legitimidade dos adeptos, escreve o Daily Mail.
“Adeptos de todo o mundo — muitos dos quais fizeram do Qatar a sua casa — contribuíram para a atmosfera local recentemente, organizando caminhadas e desfiles de fãs em todo o país e dando as boas-vindas às várias seleções nacionais nos seus hotéis”, disse um porta-voz do Supreme Committee for Delivery & Legacy, da organização do Mundial do Qatar.
Esta não é a primeira vez que o Qatar é acusado de contratar adeptos “falsos”.
Em 2014, o país do Médio Oriente foi acusado de pagar a trabalhadores migrantes para fingirem ser adeptos, numa tentativa de fazer pavilhões vazios parecerem cheios.
Na altura, os migrantes disseram que estavam a participar no Qatar Open, de voleibol de praia, não pelo desporto, mas sim pelo dinheiro.
[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ][/sc]
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