O seu caso está encerrado, o foco é só a selecção, o “feeling” e o eventual xeque-mate a Lionel Messi.
“Timing é sempre timing”.
Na semana seguinte à publicação da famosa entrevista a Piers Morgan, Cristiano Ronaldo apareceu em frente aos jornalistas que acompanham a selecção portuguesa no Qatar, onde se disputa o Mundial 2022.
Uma presença surpreendente na conferência de imprensa desta segunda-feira, onde o capitão foi obviamente questionado sobre essa entrevista e sobre o momento da publicação dessa conversa – no início do estágio da selecção portuguesa.
“Timing é sempre timing. Do vosso lado é fácil ver como podemos escolher os timings. Às vezes vocês escrevem verdades, às vezes escrevem mentiras. Não preciso de me preocupar com o que os outros pensam. Eu falo quando quero. Toda a gente sabe quem eu sou e no que acredito”, começou por responder.
O capitão assegurou que nada deste episódio vai influenciar Portugal: “Todos me conhecem desde os 11 anos. Todos querem muito esta competição, todos querem jogar, que é algo que gosto de ver, a ambição é muito alta. Não só este episódio que ocorreu comigo, mas outros episódios poderão abalar um jogador, mas não vai abalar o plantel“.
Além disso, apesar do momento captado pelo Canal 11 que demonstrou um aparente desentendimento entre o avançado e Bruno Fernandes, essa conversa foi normal e a relação está boa: “A minha relação com ele é excelente, o avião dele chegou tarde e eu perguntei se ele tinha vindo de barco”.
Sobre ter agarrado o pescoço de João Cancelo num treino, também há justificação: “Depois de uma entrada mais dura dele sobre o Félix, eu agarrei-lhe no pescoço e disse ‘Então pá? Bora lá!’. O ambiente na seleção é excelente. Não há problemas”.
Cristiano chega ao seu quinto Mundial sem precisar de provar o seu valor: “Se tivesse de demonstrar algo com 37 anos e 8 meses… Estaria preocupado. Depois do que eu já fiz e já ganhei, seria uma surpresa para mim. É um sonho ganhar o Mundial, mas se não ganhasse mais nenhum troféu estaria orgulhoso”.
Precisamente sobre vencer o Mundial, Portugal tem um “potencial enorme” para ficar com o troféu: “Eu acredito que sim, tenho essa esperança e feeling. Há, no entanto, que pensar com calma, pensar no primeiro jogo, na minha opinião o mais difícil, contra o Gana. Queremos começar bem, com o pé direito, para ganhar confiança. A partir daí, é ir devagarinho”.
A fotografia com Lionel Messi, a jogar xadrez numa campanha publicitária, também passou pela conversa: “Xeque-mate vamos fazendo na vida, não é só no xadrez. Gostava de ser eu a fazer o xeque-mate contra o Messi. Vamos ver. Seria bonito. Já que aconteceu num jogo de xadrez, no futebol seria mais”.
Para fechar a conversa com os jornalistas, Cristiano Ronaldo deixou um pedido – em jeito de recado – aos…jornalistas. E deu o exemplo de Rafa, que preferiu nunca mais jogar pela selecção nacional.
“Quando vierem os próximos jogadores à conferência, não perguntem sempre sobre o Cristiano. Façam perguntas sobre o Mundial, sobre a expectativa que têm, não falem de mim. O caso Cristiano está encerrado, falem da competição. Perguntarem constantemente obre o Cristiano é chato. Se alguém me fizesse uma pergunta, por exemplo, sobre o Rafa, eu não respondia, porque é um capítulo encerrado. O seleccionador deu uma entrevista e falou desse tema. Perguntem coisas sobre a selecção. Gostava que fizessem isso para a selecção estar melhor”, completou.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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