A Arábia Saudita e o México não vão estar presentes nos oitavos-de-final do Mundial 2022. Os mexicanos estiveram sempre na mó de cima, chegaram a “atropelar” os sauditas, mas viram o carimbo desaparecer na fase final da partida e quem fez a festa foi a Polónia, que perdeu com a Argentina.
Após uma primeira de desperdício, a “La tri” ganhou uma almofada de dois golos, precisava de apenas mais um tento, atirou-se com tudo, mas desperdiçou soberanas ocasiões para o fazer e, já a fechar, a Arábia Saudita encurtou distâncias. Martín, Chávez e Salem Al Dawsari assinaram os golos do encontro.
Num ritmo vertiginoso, as duas seleções protagonizaram uma primeira parte entretida. Sem margem de erro, os mexicanos foram mais audazes em busca do golo – algo que ainda não tinham feito nesta edição do Mundial – e procuraram ser felizes de diversas maneiras, mas não o conseguiram, ora por desacerto no momento de visar o alvo – 11 remates (três enquadrados) e 13 ações com bola na área -, ora por mérito do guardião Mohammed Al Owais, autor de três defesas.
Os sauditas jogavam com o bloco compacto e sempre que descobriam uma via de acesso, disparavam e ainda incomodaram Ochoa com quatro tentativas (apenas uma enquadrada no alvo).
Este nulo atirava as duas formações borda fora do Qatar 2022. Lozano era o melhor em campo ao descanso com duas ocasiões flagrantes criadas, quatro conduções progressivas, sete cruzamentos e um GoalPoint Rating de 7.0.
Numa segunda parte (quase) irrepreensível, o México aumentou a rotação e “engoliu” os “falcões verdes”. No 15.º “tiro”, Martín fez o primeiro golo da “La Tri” na prova, na sequência de um canto.
O festival prosseguiu cinco minutos depois quando na conversão de um livre, cobrado de forma magistral, Chávez acertou em cheio e apontou um golaço, ampliando a vantagem.
No outro jogo do Grupo C, a Argentina já vencia a Polónia e a com a conjugação dos dois resultados, estava tudo empatado entre mexicanos e polacos, inclusive nos golos.
A seleção de Tata Martino manteve o ritmo e ameaçou o terceiro tento em inúmeras ocasiões – 67′, 71′, 73′ e 76′ -, mas não voltou a acertar com o alvo.
Num momento em que o outro duelo já tinha acabado e que eram os critérios de desempate secundários que começavam a emergir, sendo que nos cartões amarelos recebidos a Polónia estava em vantagem, Salem Al Dawsari reduziu a desvantagem. O tempo escasseou e quem estacionou no segundo lugar foi a Polónia.
Melhor em campo
Grande partida do médio do Pachuca. Luis Chávez encheu o campo e foi um dos principais motores do México, terminando com o título de melhor em campo e um GoalPoint Rating de 8.8.
“Box-to-box” de enorme qualidade, fez de tudo para colocar a “La tri” na próxima fase com um golaço, num dos nove remates (todos de fora da área) que arriscou, colecionou ainda cinco passes progressivos, sete recuperações de posse e sofreu duas faltas. O esforço acabou por ser inglório, mas terá certamente despertado a cobiça de vários clubes.
Destaques da Arábia Saudita
Mohammed Al Owais 7.8
Na despedida do Mundial, manteve a bitola que apresentou e foi importante no desfecho do jogo com oito defesas – 0,9 golos evitados (defesas – xS) -, e três saídas a soco da baliza.
Salem Al Dawsari 6.0
Herói diante da Argentina, fez o golo de honra dos asiáticos, e além dos dois remates feitos, exibiu-se com 17 passes recebidos, 36 ações com a bola e três recuperações de posse.
Destaques do México
Lozano 8.0
Outra das caras da boa “performance” do México. O avançado destacou-se com quatro remates, seis passes para finalização, 11 passes progressivos recebidos, seis conduções progressivas e cinco faltas sofridas.
Martín 6.9
O avançado do América assinou o primeiro golo da seleção na competição – o sétimo da conta pessoal -, acertou quatro passes para finalização e somou sete ações com a bola na área saudita – máximo no encontro. A ocasião flagrante desperdiçada penalizou-lhe a nota final.
Resumo do jogo
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