Num duelo que era uma espécie de “mata-mata” entre o vice-campeão mundial e o terceiro classificado do último Campeonato do Mundo, foi a Croácia a sorrir no fim e a seguir no Qatar 2022, muito por culpa do desperdício da Bélgica nos segundos 45 minutos, com Romelu Lukaku em plano de destaque pela negativa.
Após uma primeira parte sem remates na direcção da baliza, de parte a parte, os belgas, que tinham de ganhar para não se despedirem da prova, falharam várias situações claras de golo, com o avançado do Inter, que saltou do banco ao intervalo, a não aproveitar várias de forma quase inacreditável.
Belgas estiveram 45 minutos “a dormir” e outros 45 a falhar
Era a Bélgica que precisava de ganhar para se apurar para a próxima fase do Mundial 2022, mas foi a Croácia, que não podia perder, a ameaçar o golo logo na jogada inicial numa primeira parte que terminou sem golos e com poucos ou nenhuns lances de perigo, sem qualquer remate enquadrado para qualquer dos lados.
Os croatas ainda chegaram a ver o árbitro assinalar uma grande penalidade a seu favor a meio do primeiro tempo e Modric chegou a ter a bola na marca para tentar bater o colega (no Real Madrid) Courtois, mas o árbitro acabou por reverter a decisão por fora-de-jogo no início do lance.
Nuns primeiros 45 minutos sem grandes destaques, o MVP foi o central belga Toby Alderweireld, com um GoalPoint Rating de 5.9, evidenciando-se pelos seus quatro alívios e pelos sete passes progressivos que efectuou.
A segunda parte trouxe mais emoção. A Croácia entrou melhor e criou perigo, valendo então Courtois aos “diabos vermelhos”, mas a primeira grande situação de golo foi belga, com Lukaku, que saltou do banco ao intervalo, a acertar no poste da baliza croata. Com Marrocos a vencer o Canadá no outro jogo do grupo, um golo apurava a Bélgica e colocava a Croácia fora. Os remates enquadrados, ao contrário do primeiro tempo, até iam agora surgindo, só que golos nem vê-los.
Os belgas tentaram o tudo por tudo no minutos finais, remetendo a Croácia à sua grande área, e então sim as ocasiões flagrantes surgiram com regularidade. Só que Lukaku, em particular, mostrou-se demasiado perdulário (quatro ocasiões flagrantes desperdiçadas em 45 minutos) e, perante tanta ineficácia, não havia nada a fazer a não ser dizer adeus ao Qatar. Os croatas só respiraram com o apito final, mas resistiram e seguem em frente.
Melhor em campo
Num jogo que terminou sem golos, os guarda-redes das duas equipas registaram os melhores ratings no encontro e o Thibaut Courtois terminou a partida com um GoalPoint Rating de 7.1.
Courtois brilhou, sobretudo, no arranque do segundo tempo, com várias defesas consecutivas, mantendo vivo o sonho da Bélgica. Terminou a partida com cinco defesas, quatro das quais a remates desferidos já dentro da sua área, além de uma saída pelo ar eficaz, e mostrou ainda qualidade no passe longo, falhando apenas um dos cinco que tentou.
Destaques da Croácia
Dominik Livaković 6.9
Se o guarda-redes da Bélgica foi o melhor do lado dos “diabos vermelhos”, o da Croácia não lhe ficou muito atrás, ajudando a sua selecção a manter o nulo que chegava para se apurar. Fez três defesas, todas a remates já dentro da sua área e duas delas de remates de perto. A isso somou ainda duas saídas eficazes pelo ar.
Joško Gvardiol 6.6
O jovem defesa de 20 anos do Leipzig recuperou oito vezes a posse, chegou aos nove alívios (máximo do encontro), só falhou três passes em 61 tentados e ainda procurou levar a sua equipa para a frente a partir de trás, com duas conduções progressivas.
Destaques da Bélgica
Kevin de Bruyne 6.6
Fez cinco passes valiosos, três dos quais para finalização, recebeu 11 passes progressivos, foi bem-sucedido nas suas duas tentativas de drible, mas só fez um remate no alvo e apenas teve duas acções na grande área croata, insuficientes para ajudar a Bélgica a manter-se em prova.
Romelu Lukaku 5.1
Quatro ocasiões de golo flagrantes desperdiçadas nos 45 minutos que esteve em campo, num total de cinco remates (máximo do jogo), um dos quais ao poste. Das 15 ações com bola que teve, seis foram já dentro da grande área adversária, mas não conseguiu marcar e acabou em desespero ao ver que podia e devia ter sido ele a evitar o adeus prematuro da Bélgica ao Qatar.
Resumo
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