O ex-internacional português António Simões criticou a atitude de Cristiano Ronaldo e disse que a autoridade de Fernando Santos “foi colocada em causa”.
A eliminação de Portugal do Campeonato do Mundo do Qatar foi um rude golpe para a seleção portuguesa. Cristiano Ronaldo pode ser considerado a personificação dessa dor. No seu último Mundial, o capitão da ‘Seleção das Quinas’ queria sair em grande, mas o seu sonho caiu por terra.
António Simões sabe bem o que isso é. O antigo internacional português pertenceu aos ‘Magriços’, a equipa de 1966 que conseguiu um histórico terceiro lugar na competição. Apesar de Portugal nunca ter chegado tão longe num Campeonato do Mundo, ficou um amargo na boca do antigo colega de equipa de Eusébio.
A tristeza replicou-se novamente. Simões falou sobre a situação de Cristiano Ronaldo e sublinhou que toda a novela em torno do jogador “não ajudou”.
“Houve pequenos detalhes que tiraram o foco do grupo”, disse o antigo extremo, citado pelo Diário de Notícias. “Tudo o que rodeou Cristiano acabou por distrair a equipa”, assumiu.
“A ideia que passou foi que a estrutura da Federação Portuguesa de Futebol não fez tudo” o que podia para resolver os problemas em torno de Ronaldo, entende Simões. “Há coisas que não podem voltar a acontecer. É importante que quem vai para a seleção resolva primeiro os seus problemas”, atirou.
O ‘magriço’ mostrou-se crítico em relação a Cristiano Ronaldo, que diz não estar a aceitar o seu fim.
“Parece que ele se martiriza por estar a acabar a sua carreira. O Pelé e o Eusébio também acabaram, não há drama nisso. Parece que não concebe essa realidade e a verdade é que jogar até aos 37 anos a este nível já é muito bom. A idade tira-nos velocidade, repentismo e explosão e eu lembro-me bem. O Cristiano tem de perceber o quanto pode ser útil a partir de agora”, afirmou.
Simões recomenda ainda que Ronaldo “faça algo para não passe a gerar antipatia” e, para isso, aconselha-o a “agarrar-se ao sucesso de uma carreira ímpar e ao bom que tem para dar”.
Embora acredita que não tenha havido uma zanga entre o jogador e Fernando Santos, realça que “a autoridade do treinador foi colocada em causa”. Na sua ótica, cabe agora à FPF “analisar o que se passou e tomar uma posição”.
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