A SAD do Benfica e o actual presidente do clube, Rui Costa, foram constituídos arguidos por suspeitas de corrupção desportiva no âmbito de um mega-processo que investiga uma alegada teia de subornos a figuras da arbitragem e a jogadores de equipas adversárias.
Rui Costa terá sido chamado à Polícia Judiciária nesta semana, e terá sido constituído arguido num mega processo que investiga a eventual adulteração de resultados desportivos, conforme assegura a CNN Portugal.
As suspeitas concentram-se numa alegada teia de subornos a figuras da arbitragem e a jogadores de equipas adversárias, com o intuito de favorecer o Benfica nos seus jogos, ainda de acordo com a mesma fonte.
Os factos em investigação remontam ao período em que Luís Filipe Vieira presidiu ao Benfica, sendo Rui Costa administrador da SAD.
Assim, Vieira será o principal suspeito, a par de Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico da SAD encarnada que já está a ser julgado no processo E-toupeira, também relacionado com corrupção e com o Benfica.
A CNN Portugal nota que “Vieira só ainda não foi constituído arguido porque está no estrangeiro“. Mas refere que “terá de se apresentar na PJ dias depois de regressar” a Portugal.
Em comunicado, a Benfica SAD confirma que foi “constituída arguida no passado dia 3 de Janeiro” e que, “por inerência” de funções, o mesmo se aplica aos “membros do Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020 e que se encontram actualmente em funções”.
Manifestando “a sua total disponibilidade e abertura para colaborar com as entidades competentes”, a Benfica SAD acrescenta que “não fará mais qualquer comentário sobre este assunto visto o processo se encontrar em segredo de justiça“.
Casos vouchers e Mala Ciao fundidos em mega-processo
Esta investigação ter-se-á iniciado em 2018 depois da divulgação de emails “roubados” dos servidores do Benfica pelo pirata informático Rui Pinto. Entre estas mensagens estavam conteúdos “comprometedores, nomeadamente conversas cifradas, com nomes de código, entre dirigentes encarnados e pessoas do sector da arbitragem, nomeadamente observadores”, refere a CNN Portugal.
A estação nota que o inquérito se concentra em cinco épocas desportivas desde 2013, ou seja, um ano antes de o Benfica ter começado uma série de temporadas vitoriosas com Jorge Jesus ao leme.
As suspeitas em torno dos casos dos vouchers e do “Mala Ciao” terão sido fundidas num único e mega-processo que está concentrado no Departamento Central de Investigação e Acção Penal e que é “titulado por uma procuradora do Porto”, segundo a CNN Portugal.
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