STOP ao campeão. Vinte e quatro remates (oito enquadrados) – Expected Goals (xG) de 2,7 -, quatro ocasiões flagrantes desperdiçadas, 71% da posse de bola e com mais um elemento desde os 46 minutos da primeira etapa, nem assim os da Invicta conseguiram fintar o “autocarro” casapiano.
Tal como Sérgio Conceição perspectivou, o FC Porto não teve uma tarefa fácil no Jamor e empatou a zero na casa emprestada do Casa Pia, que voltou a demonstrar que não é por mero acaso que ocupa o quinto lugar nesta Liga bwin, com 27 pontos. Com este nulo, os “azuis-e-brancos” deixaram fugir o segundo lugar para o SC Braga e viram o líder Benfica ficar a sete pontos de distância. Por seu turno, os lisboetas continuam a fazer um trajecto irrepreensível, tendo somando neste sábado o 27.º ponto em 15 jornadas. Ainda não foi desta que Sérgio Conceição se tornou no treinador com mais vitórias ao serviço do Porto.
Assalto portista com pólvora seca
Entrada forte dos “dragões”, que actuavam com o bloco subido, pressionavam o adversário, rapidamente recuperavam a bola e iam rondando a baliza de Ricardo Batista de forma constante e perigosa. Muita mobilidade na frente de ataque, com Taremi, Verón, Galeno e Otávio a ditarem o ritmo.
Os casapianos conseguiram ganhar fôlego quando Kunimoto (a pensar o jogo da equipa) e Godwin (em constantes acelerações) começaram a aparecer. Pouco depois, aos 21 minutos, Fernando Varela criou bastante perigo com um cabeceamento que saiu ao lado. Os “dragões” continuavam a assumir as rédeas da partida, mas já sem as mesmas facilidades que tiveram no primeiro quarto de hora. Organizado, solidário e sem nunca descurar as acções atacantes, o anfitrião – já sem o auxílio do experiente Neto, que saiu lesionado aos 22 minutos – ia aguentando as investidas do opositor, porém, um rude golpe no período de descontos abalou os comandados de Filipe Martins. Lucas Soares foi admoestado com o segundo amarelo, depois de travar Galeno em falta, e deixou a equipa reduzida a dez elementos.
No último lance deste período, Fábio Cardoso viu o esférico sair um pouco ao lado do alvo. Galeno era a melhor unidade em campo, com um GoalPoint Rating de 6.8, ele que foi responsável por dois remates (um enquadrado), dois cruzamentos e duas acções com a bola na área adversária.
Como seria de esperar, o FC Porto tentou de tudo para derrubar a muralha do Casa Pia, as tentativas foram inúmeras, mas ora Ricardo Batista, ora a linha defensiva iam travando as sucessivas tentativas de Toni Martínez, Taremi e companhia.
No tudo ou nada, Sérgio Conceição retirou os dois laterais João Mário e Wendell, colocou André Franco e Namaso, Marcano e Fábio Cardoso passaram a ser os únicos defesas de raiz, mas nem assim os campeões nacionais conseguiram chegar ao golo. Destaque para os “gansos”, que foram estóicos, organizados e conseguiram amealhar mais um ponto nesta tremenda época que estão a fazer. Ao sexto jogo oficial, esta foi a primeira vez que os lisboetas não perderam no confronto directo com os “dragões”.
MVP GoalPoint: Ricardo Batista
O experiente guarda-redes deverá gravar e emoldurar a exibição que realizou na noite deste sábado. Esteve intransponível e foi um dos principais responsáveis pelo nulo no “placard” final. De todas as maneiras e feitios defendeu os sucessivos ataques dos “dragões”, tendo preenchido a folha de serviços com oito defesas – 1,9 golos evitados (defesas – xSaves) –, sendo que três dessas ocasiões deteve remates que ocorreram no interior da área do Casa Pia. O MVP obteve um excepcional GoalPoint Rating de 8.4.
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