Santa Clara 0 – 3 Benfica | Enzo pegou na batuta em noite de Guedes

O Benfica não deu grandes hipóteses ao Santa Clara e venceu por claros 3-0.

Num jogo se sentido único na primeira metade e de reacção açoriana na segunda, Aursnes e Gonçalo Ramos colocaram a questão no bom caminho para os lisboetas em apenas 16 minutos, sempre sob a batuta do “maestro” Enzo, e na segunda parte, Gonçalo Guedes entrou para a estreia após o regresso ao Benfica e marcou 16 minutos depois. Tudo correu bem à “águia” nesta partida da 17ª jornada da Liga bwin.

Águia entra com tudo

Grande primeira parte do Benfica, totalmente dominador desde o arranque do encontro, instalando-se no meio-campo açoriano, graças a uma pressão em terrenos adiantados e muitas combinações ofensivas, sempre sob o comando de um Enzo Fernández em alta rotação e por quem todo o futebol benfiquista passava.

Logo aos nove minutos o argentino cruzou de pé direito da zona interior esquerda, como é seu timbre, e Aursnes surgiu a cabecear para o 1-0. Pouco depois, aos 16, o campeão do Mundo serviu Grimaldo na esquerda, este cruzou e Gonçalo Ramos apareceu de trás para desviar para o 2-0.

Tudo fácil e mais golos poderiam ter surgido, com destaque para os minutos derradeiros do primeiro tempo, altura em que Ramos esteve por duas vezes perto de bisar. Contudo era Aursnes o MVP da etapa inicial – ainda que apenas duas centésimas acima de Enzo -, com um GoalPoint Rating de 7.4, graças ao golo que marcou, mas também a quatro intercepções, máximo até então.

O Santa Clara reagiu no segundo tempo, o Benfica aproveitou para apostar nos contra-ataques e, aos 52 minutos, Grimaldo lançou Gonçalo Ramos em profundidade e este, ainda de fora da área, rematou com perigo, mas ao lado, num grande lance para os “encarnados”. Só que os homens da casa estavam mesmo apostados em marcar e, aos 68 minutos, quase o fizeram, com Gabriel Silva a rematar e António Silva a negar o golo com uma “defesa” com a cabeça.

Isto numa altura em que Gonçalo Guedes já estava em campo, marcando o (e no) seu regresso ao Benfica. Aos 80 minutos, o atacante emprestado pelo Wolves flectiu da esquerda para o meio, rematou, a bola desviou num defesa e traiu Gabriel Batista para o 3-0 (ah a assistência foi de… Enzo). Estava decidido o jogo. O Benfica voltava aos quatro pontos de vantagem no topo, o Santa Clara cumpriu o quarto jogo seguido sem marcar no campeonato.

Melhor em campo

Tremendo jogo do médio argentino Enzo Fernández, que mostrou estar de corpo e alma no Benfica – pelo menos aparenta. Entrega ao encontro, motivação, clarividência, energia e inteligência, o médio foi o “maestro” de todo o futebol benfiquista, terminando como o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.4.

Ao todo somou duas assistências, somou o máximo de passes certos (78) e tentados (93) – mas também de falhados (15) -, completou nove de 13 longos, fez 11 progressivos, acumulou o máximo de acções com bola (126), de conduções progressivas (4, com Bah), de desarmes (6, com Florentino) e o segundo valor mais alto de acções defensivas no meio-campo contrário (5). Uff!

Destaques do Santa Clara

Boateng 5.5

O melhor do Santa Clara, fazendo valer a sua velocidade e poder físico. O togolês destacou-se com nove alívios, mas pecou nas perdas de posse, com quatro no primeiro terço.

Ítalo 5.5

Ao seu lado teve um central brasileiro que também fez o que pôde. Ítalo registou cinco alívios, sete recuperações de posse, mas também perdeu a posse cinco vezes no terço defensivo.

Destaques do Benfica

Alexander Bah 7.7

O lateral dinamarquês teve uma auto-estrada para explorar no flanco direito. E explorou, terminando com duas ocasiões flagrantes criadas, seis passes ofensivos valiosos, dois cruzamentos eficazes em três, oito passes progressivos e três super progressivos e incríveis 12 acções defensivas, seis delas no meio campo contrário. Destaque para três desarmes e cinco intercepções.

Grimaldo 7.4

Menos efectivo a defender, o lateral fez uma assistência, criou três ocasiões flagrantes em quatro passes para finalização e arrancou cinco cruzamentos, dois deles eficazes.

Aursnes 7.3

O norueguês foi o melhor da primeira parte. Tacticamente evoluído e com uma noção espacial acima da média, o médio fez o seu primeiro golo na Liga pelo Benfica, mais quatro acções defensivas no meio-campo contrário e outras tantas intercepções.

António Silva 7.2

Mais um brilharete do central. O jovem esteve muito bem no passe, com nove progressivos, somou 102 acções com bola, nove alívios e realizou um corte decisivo, negando o golo a Gabriel Silva.

Resumo

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