O Benfica venceu a partida antecipada da 20ª jornada da Liga bwin na casa do Paços de Ferreira. Os “encarnados” entraram com tudo, marcaram dois golos nos primeiros 11 minutos, por Grimaldo e João Mário, dando ideia de que este seria um encontro fácil e com possibilidade de goleada.
Acontece que os “castores” reagiram, nunca se desequilibraram e conseguiram travar a avalancha atacante dos benfiquistas, criando eles próprios alguns lances, acertando mesmo três vezes nos ferros. Não houve mais golos até final, mas houve lesão de Gonçalo Ramos, que deixou os responsáveis benfiquistas apreensivos.
O Benfica entrou muito pressionante, instalando-se no meio-campo do Paços, e aos quatro minutos Enzo Fernández esteve muito perto de fazer o primeiro golo. Porém, não demorou muito até o marcador funcionar.
Gonçalo Guedes foi travado em falta perto da grande área e, na conversão do livre, Grimaldo não falhou, num lance que é sua imagem de marca. O segundo surgiu quatro minutos volvidos, com João Mário a fazer um golo fácil após defesa de Marafona a remate de Aursnes. Tudo simples e triunfo encaminhado bem cedo.
O Paços, porém, não baixou os braços e criou diversos lances de ataque a partir do primeiro quarto-de-hora, sem que, contudo, conseguisse reduzir a desvantagem. Nigel Thomas acertou mesmo no ferro com um belo remate aos 40 minutos.
As “águias” passaram a explorar mais o contragolpe, mas até ao descanso não houve mais golos. O melhor na primeira parte foi João Mário, com um GoalPoint Rating de 7.2. O médio fez um golo, um passe para finalização, três desarmes e perdeu apenas cinco de 39 posses.
No segundo tempo os “encarnados” intensificaram o domínio, mas nunca mais encontraram as mesmas facilidades para romper a defesa pacenses como aconteceu no primeiro quarto-de-hora do desafio.
Assim, a etapa complementar teve menos remates e ocasiões de golo, sendo o destaque principal após o reatamento a lesão de Gonçalo Ramos, melhor marcador da Liga, pouco antes da hora de jogo, sendo rendido por Petar Musa.
Nigel Thomas, o azarado da noite, acertou mais uma vez no ferro da baliza de Odysseas, aos 73 minutos, na sequência de um livre, criando a primeira grande ocasião da segunda parte.
O Benfica acelerou um pouco o jogo até final, com alguns lances bem gizados, mas a inspiração atacante faltou para acontecerem mais golos. Os postes, aliás, voltaram a salvar os lisboetas, com Fábio Gomes a acertar em cheio no direito, já nos descontos.
Melhor em campo
Mais uma jornada, mais um grande jogo de João Mário. Por vezes não se dá por ele, com aqueles “pés de veludo”, mas a verdade é que o médio esteve em todo o lado, sendo peça fundamental em toda a manobra benfiquista.
O GoalPoint Rating de 7.4 é reflexo de um golo, 90% de eficácia de passe, 77 ações com bola, uma condução super aproximativa e quatro desarmes.
Destaques do Paços de Ferreira
Juan Delgado 7.0
O lateral-direito pacense foi o melhor dos anfitriões, forte a defender, mas também a atacar. O chileno fez um passe de rutura, teve sucesso em dois de três cruzamentos, somou dois passes super aproximativos, sofreu o máximo de faltas no jogo (5) e acumulou dez ações defensivas, com destaque para três desarmes e três bloqueios de passe/cruzamento.
Nico Gaitán 6.5
Frente à sua antiga equipa, o argentino esteve em plano de evidência. A sua qualidade técnica permanece intacta, registando dois passes para finalização, um de ruptura, quatro variações de flanco e cinco recuperações de posse.
Rui Pires 6.4
O médio-defensivo teve muito trabalho. Além de oito recuperações de posse, somou 11 ações defensivas, com destaque para três desarmes e quatro interceções (máximo com Nuno Lima).
Destaques do Benfica
Aursnes 7.3
Belíssimo jogo do norueguês, que conseguiu um excelente rating final, mesmo tendo desperdiçado uma ocasião flagrante – no lance que acabou por dar o 2-0.
Aursnes fez três remates, dois enquadrados, sete passes ofensivos valiosos, falhou somente quatro de 71 passes (94% de eficácia), registou o máximo de ações com bola na área contrária (6), recuperou sete vezes a posse e realizou três desarmes. Está em todo o lado.
Grimaldo 7.1
As notícias apontam cada vez mais para o adeus do espanhol no final da temporada, mas até lá vai espalhando qualidade. Desta feita mais um golo de livre direto, a inaugurar o marcador, ao qual juntou sete passes ofensivos valiosos e seis cruzamentos, embora nenhum eficaz.
António Silva 6.4
Prossegue a saga do jovem central nos ratings acima de 6.0. António Silva mantém a bitola e a consistência, e na Capital do Móvel acertou 63 de 66 passes (95%), fez quatro desarmes e outros tantos alívios.
Otamendi 6.2
Regressado após castigo, o argentino foi o líder habitual da defesa. Ganhou dois dos três duelos aéreos ofensivos em que participou, fez quatro desarmes e cinco alívios.
Alexander Bah 6.2
Menos assertivo ofensivamente do que o costume, ainda assim o dinamarquês foi o segundo jogador com mais ações com bola (107), completou quatro de seis tentativas de drible (máximo) e fez três desarmes.
Vlachodimos 5.9
A partir de certa altura o guardião grego teve de se aplicar. Quando não foram os postes a evitar (por três vezes) o golo contrário, foi Odysseas a travar os remates, algo que também fez por três ocasiões, duas a remates na sua grande área.
Gonçalo Guedes 5.8
Pela primeira vez titular desde o regresso ao Benfica, Guedes esteve discreto. Ainda assim criou uma ocasião flagrante, fez um passe de rutura e completou quatro de cinco tentativas de drible.
Enzo Fernández 5.2
Desta feita o argentino não desequilibrou nem teve ações decisivas na partida, mas todo o futebol do Benfica passou por ele, como é habitual. A prova? Somou incríveis 137 ações com bola, registou o máximo de passes certos (92) e tentados (109), completou dez de 13 passes longos e recuperou nove vezes a posse de bola.
A nota é tímida porque Enzo perdeu a posse 30 vezes (máximo) e falhou 17 passes (registo mais elevado).
Resumo
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