O FC Porto não escorregou na difícil viagem até ao Funchal e vai regressar à cidade Invicta com os três pontos na bagagem.
O jogo desta ronda 18 da Liga Bwin foi quezilento, com 43 faltas e quatro expulsões, as de Pablo Moreno, Bernardo Folha – que teve uma estreia a titular agridoce -, Sérgio Conceição e o adjunto Vítor Bruno, muita tensão e dois golos de Wendell e de Galeno, que foram decisivos e que carimbaram a 18.ª partida consecutivo sem perder dos “azuis e brancos”, somando o sexto triunfo de rajada e o quarto jogo sem consentir qualquer golo ao opositor.
Já o Marítimo, que nos últimos 15 duelos frente aos campeões nacionais, apenas venceu em 2020/21, voltou a cair no Caldeirão dos Barreiros, algo que não ocorria há quatro encontros.
Foi quente a primeira metade do Funchal. Não houve golos, mas registaram-se quatro expulsões – Pablo Moreno e Bernardo Folha abandonaram o reduto de jogo por acumulação de cartão amarelo, Sérgio Conceição e o adjunto Vítor Bruno também viram vermelho – e no meio do turbilhão, os “dragões” tiveram inúmeras dificuldades para ultrapassar a agressividade e organização dos anfitriões, tendo enquadrado o primeiro remate apenas no período de descontos.
O Marítimo tinha a lição bem estudada, atuava com um bloco médio e era perigoso sempre que se aproximava da área contrária, explorando os três corredores com velocidade e objetividade.
Foi assim que ameaçou marcar, primeiro Xadas atirou um pouco por cima do alvo (28′) e depois teve de ser Diogo Costa a mostrar serviço com duas excelentes intervenções, que travaram os “tiros” de Val Soares (32′) e de Xadas (35′).
Nestes 48 minutos, Cláudio Winck era a unidade em destaque com um GoalPoint Rating de 6.2, fruto de um remate, três cruzamentos e quatro dribles realizados com êxito em outras tantas tentativas.
Ao intervalo, os treinadores promoveram mexidas, nos insulares, José Gomes fez três mudanças, saíram Riascos, Val e Léo Pereira e entraram Liza, Nito Gomes e Fernando, respetivamente, nos da Invicta, Taremi foi substituído por Evanilson, que no regresso após lesão foi decisivo ajudou os “dragões” a fecharem as contas do encontro quando aos 50′ assistiu Wendell para o “tento” inaugural.
Volvidos cinco minutos, Pepê assistiu e Galeno finalizou com êxito dilatando a vantagem. Num curto espaço de tento, os campeões nacionais esticaram a manta, com um futebol mais agressivo e vertical, e conseguiram amealhar três preciosos pontos.
Experiente, o FC Porto passou a controlar os ritmos, conseguiu gerir o plantel, não consentindo mais espaços aos “maritimistas”. O encontro ficou ainda marcado pela lesão muscular do influente Otávio, que foi substituído por André Franco à passagem do minute 62’.
Melhor em campo
O azar de Zaidu, foi a sorte de Wendell, que finalmente começa a justificar a aposta feita nele na temporada passada. Decisivo, inaugurou o ‘placard’ com uma excelente finalização, naquele que foi o único remate que realizou nesta quarta-feira.
Wendell destacou-se, ainda, com um acerto que denotou no capítulo do passe – 28 passes certos em 31 feitos (90% de eficácia) -, levou a melhor em quatro dos cinco duelos em que interveio, recuperou a posse em oito ocasiões e contabilizou quatro ações defensivas, entre as quais três desarmes.
A única “mancha” foram os três dribles que consentiu. O MVP levou para casa um GoalPoint Rating de 7.3.
Destaques do Marítimo
Cláudio Winck 6.4
Bom jogo do lateral-direito, que foi o melhor do Marítimo em campo, fruto de um remate, cinco cruzamentos, 12 passes progressivos, quatro super progressivos e seis ações defensivas.
Mosquera 6.3
Chegou às seis ações defensivas – cinco interceções -, registou nove recuperações do esférico e 13 perdas.
Vítor Costa 6.1
O lateral-esquerdo esteve em foco com um remate, três cruzamentos, 11 passes progressivos (máximo no encontro) e 11 recuperações de posse.
Destaques do Porto
Galeno 7.0
Tem sido um dos elementos mais regulares e determinantes dos campeões nacionais esta época. Com o golo que apontou, que praticamente sentenciou a partida, alcançou a marca dos 14 tentos, sendo que oito foram na Liga.
Com total liberdade de movimentos, foi o mais rematador em campo com cinco tentativas, três enquadradas, recebeu nove passes progressivos, amealhou cinco acções com a bola na área contrária e sofreu cinco faltas.
Pepê 6.5
Escondido na primeira parte, “acordou” na etapa final e ajudou a consolidar a vantagem com a assistência para o 0-2 de Galeno. Gizou três passes progressivos e sofreu cinco faltas.
Diogo Costa 6.4
Quando a equipa precisou dele gritou presente e defendeu os “tiros” de Val e de Xadas que levavam o selo de golo. Com a bola nos pés gizou nove passes progressivos.
Uribe 6.4
No jogo 100 na Liga, manteve a bitola de sempre, com uma exibição segura. Participou no lance do 0-1, tendo feito dois remates, acertou sete dos oito passes longos que arriscou e recuperou a posse de bola em 12 ocasiões (máximo no jogo). Cometeu cinco faltas.
Evanilson 6.3
Entrou ao intervalo, ofereceu o 0-1 a Wendell e destacou-se com quatro posses de bola recuperadas e duas ações defensivas.
João Mário 6.2
Autor de dois cruzamentos, cinco passes progressivos, venceu 11 duelos em que interveio, recuperou a posse por nove vezes e contabilizou 16 perdas de bola.
Marcano 6.2
Sereno, venceu quatro dos cinco duelos aéreos defensivos em que participou, registou nove recuperações de posse e seis acções defensivas.
Otávio 5.9
Abandonou o jogo com queixas físicas. Até a esse momento tinha nos seu registo oito recuperações de posse, dois desarmes e duas intercepções.
Bernardo Folha 4.0
Foi a surpresa no “onze”. Até ser expulso por acumulação de amarelos aos 35 minutos tinha na folha de serviços duas faltas cometidas, duas sofridas, oito passes realizados com êxito em outras tantas tentativas e 15 acções com a bola.
Resumo
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