É como “ser atropelado por um autocarro duas vezes em 5 dias”. Os adeptos do Benfica estão em choque com os desaires seguidos diante de FC Porto e Inter de Milão. E, agora, o clube da Luz está obrigado a ganhar ao Chaves naquele que já é definido como “o jogo do título”.
Com os adeptos ainda mal refeitos da derrota contra o FC Porto – a primeira da era Roger Schmidt -, o Benfica voltou a perder em casa, por 0-2, com o Inter de Milão, comprometendo as aspirações na Liga dos Campeões.
Desagradados com a equipa, os benfiquistas presentes no Estádio da Luz assobiaram os jogadores durante e no fim do jogo. Agora, apontam as culpas ao treinador Roger Schmidt, acusando-o de não confiar no banco, de não rodar a equipa e de não fazer as substituições necessárias.
Já depois da derrota frente aos portistas se tinha questionado o técnico, com analistas de futebol a salientarem que Sérgio Conceição deu “um banho táctico” a Schmidt.
Uma postura que destoa completamente com o deslumbramento que havia antes com o treinador alemão que vinha sendo muito elogiado pelos adeptos, o que lhe valeu até a renovação de contrato com o Benfica até 2026.
Benfica em “depressão pós-traumática”
“O Benfica pareceu em depressão pós-traumática pela derrota com o FC Porto“, considera o ex-deputado Duarte Marques em declarações ao Record.
O jornal desportivo foi ouvir alguns benfiquistas famosos sobre o jogo e o apresentador Luís Filipe Borges atira que “Schmidt fez uma péssima gestão do banco, a fazer lembrar Jorge Jesus: quis meter dois jogadores aos 89 [minutos] que não chegaram a entrar”. “Mostra no mínimo desorientação”, conclui.
Luís Filipe Borges também critica alguns jogadores, salientando que “João Mário, Aursnes e Rafa estão muito abaixo” e que só vê “António Silva a dar o exemplo”.
Não dá para voltar às 18:40 de 6ª feira?
Eu ainda nem tinha recuperado da derrota de 6ª…
Ser atropelado por um autocarro duas vezes em 5 dias. Só mesmo o Benfica. pic.twitter.com/2PjYImNoQb
— O Fura-Redes (@OFuraRedes) April 12, 2023
A culpa é tua, Schmidt.
Se houve muito mérito na forma como puseste a equipa a jogar um futebol entusiasmante, dominador, à Benfica, também é verdade que a culpa deste colapso é tua.
Não rodas a equipa e fazes substituições tarde (e é quando as fazes), não reagindo ao óbvio 👇 pic.twitter.com/If1LsTwK4j— Maio de 61 (@61Maio) April 11, 2023
Benfica, antes da paragem das seleções / Benfica, depois da paragem das seleções. pic.twitter.com/vtN1m2TICO
— João Bizarro (@jbizarro) April 12, 2023
Ganhar ao Chaves “seja lá como for”
Agora, após duas derrotas sucessivas, o Benfica está obrigado a ir ganhar a Chaves, “seja lá como for”, como diz até um comentador na RTP1. É preciso inverter a maré de azar e há quem já note que esse desafio de sábado é “o jogo do título” e que “uma derrota é o fim do campeonato”.
Talvez a análise seja excessiva, uma vez que o Benfica é o líder do campeonato com uma vantagem de 7 pontos sobre o FC Porto, o segundo classificado.
Mas é certo que é preciso recuperar a confiança, até para poder alimentar ainda a esperança de continuar na Liga dos Campeões, o que exige uma vitória por dois golos de diferença na segunda-mão contra o Inter em Milão.
E é isto: “O benfica tem que arranjar maneira seja lá como for de ganhar em Chaves” 😏😏 vai ser bonito vai… vai ter homilia e missa cantada. pic.twitter.com/4PXbFlHbWe
— AnaSousa (@OliviaPint) April 11, 2023
O Benfica está muito longe de ser campeão! Ainda tem Braga e Sporting pela frente. O jogo do título será sábado em Chaves, uma derrota é o fim do campeonato! Já tremem por todo lado! Três árbitros disponíveis para o jogo: João Pinheiro, Luís Godinho e Nuno Almeida! Dois deles…
— Viena (@Mafalda_viena) April 11, 2023
“Faço as substituições que quero”
Com o dedo apontado ao seu trabalho, Schmidt assume que “a situação não é a melhor”, mas sublinha que a equipa continua “a acreditar”.
Durante o jogo com o Inter, o treinador só fez uma substituição, colocando David Neres no lugar de Florentino, aos 64 minutos. Sobre as críticas por não ter realizado mais trocas, o técnico destaca que “não é uma obrigação” fazer substituições. “Faço as que quero”, realça.
“Acredito nos jogadores todos, mas a decisão é minha”, acrescenta, salientando que “os jogadores que estavam em campo estavam a criar perigo” e que surgiram “oportunidade perto do fim do Gonçalo Ramos”. “Não quis tirá-lo, nem ao Rafa. Foi a minha decisão”, conclui.
Depois dos dois desaires, agora é preciso pensar no Chaves, “recuperar, olhar em frente e vencer”, analisa ainda o treinador.
[sc name=”assina” by=”Susana Valente, ZAP”]
Deixe um comentário