19 cantos deram zero pontos. Terceira derrota consecutiva do líder, a segunda no campeonato. FC Porto pode ficar a 4 pontos de distância.
E vão três. É oficial! A corrida pelo título está em aberto. Decorria o terceiro minuto do período de descontos quando Otamendi escorregou e abriu um auto-estrada que Abass aproveitou para acelerar e atirar para o fundo das redes de Vlachodimos.
Estava assegurado o triunfo dos flavienses frente aos “encarnados”, algo que não ocorria desde a temporada 1996/97. Com mais este desaire, o terceiro consecutivo, o Benfica desperdiça a confortável almofada de dez pontos que tinha e deixa a corrida ao título ao rubro.
Muro transmontano agudiza crise do líder
Os primeiros 47 minutos de jogo foram entretidos em Trás-os-Montes. Acossado pelas duas derrotas consecutivas com que chegou a Chaves, o Benfica assumiu as rédeas do encontro ao ritmo do samba de David Neres.
Sem amuos, o criativo brasileiro tentou imprimir imprevisibilidade e rapidez aos raides ofensivos dos lisboetas, que desperdiçaram algumas boas situações.
Aos 11 minutos, Ponck cortou o perigo em cima da linha, aos 18 Rafa disparou com força, mas sem a direcção do alvo e aos 30, António Silva, assistido por Gilberto, não definiu com precisão – os “encarnados” não enquadraram nenhum dos oito remates que fizeram.
Os flavienses defendiam com o bloco médio/baixo de forma agressiva e saíam para o ataque em poucos toques, registando ao intervalo cinco remates (todos desenquadrados).
Chiquinho era o melhor elemento em campo, com um GoalPoint Rating de 5.9, e destacou-se com um remate, uma eficácia de 90% no capítulo do passe e cinco acções defensivas.
A segunda parte começou em alta rotação, com o perigo a rondar as duas áreas. Primeiro, João Mário, em duas situações seguidas, não conseguiu marcar, valendo as preciosas intervenções de Langa e de Paulo Vítor.
Com o bloco subido, o Chaves aproveitou para ferir o opositor e foi dessa forma que Juninho ligou o “turbo”, deixou Otamendi nas “covas”, valendo a excelente defesa de Vlachodimos.
As “águias” revelavam imensas dificuldades em ultrapassar a muralha flaviense, que se juntava com um bloco sólido e saía com perigo em jogadas de contra-ataque bem delineadas, Roger Schdmit voltou a não ler o que jogo pedia – mais gás e criatividade na linha de ataque – e só em desespero é que tentou dar um contexto diferente à partida.
A falta de inspiração da equipa, explica-se, também na forma como nunca soube materializar os 19 cantos que conquistou e no modo como usou e abusou dos cruzamentos, quando poucos elementos se juntavam à área do Chaves.
Apenas nos minutos finais o duelo voltou a animar. Aursnes arriscou e quase foi bafejado pela sorte, nos descontos, Otamendi quase vestia a pele de herói, mas o guardião dos da casa negou o golo e, segundos depois, o argentino escorregou e Abass colocou o campeonato em polvorosa…
Melhor em campo: Paulo Vítor
Boa exibição do guarda-redes brasileiro, que brilhou sempre que foi chamado a intervir, terminando o encontro com três excelentes defesas – a forma como se apresentou nos lances finalizados por João Mário e Otamendi foi determinante no sucesso da equipa de Vítor Campelos –, 0,9 golos evitados (defesas – xSaves) e três saídas pelo ar eficazes. Paulo Vítor foi o MVP da partida com um GoalPoint Rating de 7.4.
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