O Benfica deu um passo muito importante rumo ao título da Liga bwin, num dos jogos teoricamente mais complicados até final da temporada.
Após um regresso penoso da paragem para as selecções, as “águias” parecem estar, mais uma vez, em crescendo, tal como aconteceu depois do Mundial do Qatar, algo para os seus responsáveis técnicos analisarem.
Num autêntico jogo do título, os “encarnados” foram quase sempre dominadores, pressionaram muito e criaram diversos lances de muito perigo, marcaram por Rafa Silva (que parece ter fugido de mota) e depois aguentaram a reacção do Braga, liderado por um Bruma endiabrado.
O jogo, esse, foi bom, intenso, empolgante e merecia um final sem aquelas cenas lamentáveis.
Problemas para o Braga, sem uma das suas peças fundamentais, Al Musrati, e talvez por isso os minhotos não conseguiam sacudir a pressão benfiquista na primeira parte, obrigando a recuar as linhas.
As “águias” aproveitaram para atacar com tudo e criar diversos movimentos, sendo o primeiro grande lance de perigo com David Neres a servir Rafa Silva na pequena área, mas Borja evitou o golo, decorriam 20 minutos.
A seguir foi Neres a obrigar Matheus a grande defesa e, aos 22, foi Tormena a cortar uma jogada de muito perigo de Aursnes na direita, com mais uma grande intervenção.
Sensivelmente a meio do primeiro tempo os bracarenses conseguiram acalmar o jogo e respirar um pouco, passando a ter mais bola, mas só conseguiram o primeiro remate aos 37 minutos, por André Horta.
Ainda assim, Bruma ia causando alguns problemas na esquerda, com velocidade e explosão.
Porém, o melhor em campo era António Silva, com um GoalPoint Rating de 6.3. O jovem central benfiquista esteve intratável no passe, com apenas um falhado em 32, quatro longos certos em quatro tentados, outros tantos progressivos e dois super progressivos, e fez mesmo um passe para finalização.
O Benfica entrou mais uma vez muito forte no segundo tempo, completamente instalado no meio-campo contrário e, aos 61 minutos, grande cruzamento de Grimaldo e Gonçalo Ramos finalizou… ao poste, só com Matheus pela frente.
Contudo, adivinhava-se o tento benfiquista, tal o caudal ofensivo da equipa da Luz, e o golo chegou mesmo. David Neres, com um passe fantástico, isolou Rafa Silva e este, perante Matheus, não falhou, batia o minuto 67.
Aos 77, Rafa, isolado, tentou o chapéu a Matheus, mas atirou por cima, e aos 78 foi Banza a chegar um pouco atrasado a um cruzamento que daria, certamente, golo.
O jogo estava intenso, empolgante, de resultado incerto, e aos 85 minutos, um lance “maradoniano” de Bruma, a passar por dois adversários e a cruzar, mas o cabeceamento de Banza saiu por cima.
Cheirava a golo do Braga, mas acabou por não acontecer – o que aconteceu foi um “sururu” final escusado -, e o Benfica somou um importante triunfo na luta pelo título, ante um adversário directo. Os minhotos ficaram irremediavelmente fora da corrida (ainda que não matematicamente).
Melhor em Campo
A grande figura deste “clássico”. Álex Grimaldo encheu o campo, numa exibição de entrega, carácter, qualidade, como que a recusar-se dizer adeus (sai da Luz? fica?) sem o título no bolso.
O espanhol foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.5, com registo para uma ocasião flagrante criada em quatro passes para finalização, um passe de ruptura, o máximo de acções com bola (100) e oito recuperações de posse.
Não espantam as 25 perdas de posse (quatro no primeiro terço), nem os 16 passes falhados, ambos máximos, pois a exibição do lateral foi de entrega e risco.
Resumo
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