Não é um cenário assim tão improvável, a duas jornadas do final. Confronto directo não entra nestas contas – mas o Benfica tem clara vantagem.
Faltam apenas duas jornadas para o fim do campeonato e ainda não se sabe que equipa será campeã nacional.
Ao intervalo do jogo entre FC Porto e Casa Pia, neste domingo, o Benfica era campeão porque os portistas estavam a perder; mas deram a volta e venceram por 2-1, com golo decisivo já nos descontos da segunda parte.
Assim, tudo igual: o líder Benfica tem mais quatro pontos do que o FC Porto. 83 na Luz, 79 no Dragão.
O Benfica quer – e pode – ser campeão no próximo fim-de-semana. Ou no sábado, se o FC Porto perder em Famalicão, ou no domingo, se o Benfica ganhar em Alvalade.
Mas os dois candidatos ao título – agora únicos, porque o Sporting de Braga deixou de entrar nestas contas, no sábado – ainda podem ficar empatados no fim do campeonato.
Não é um cenário impossível: o Benfica empata os dois jogos que faltam e o FC Porto vence os dois jogos que faltam. Ficariam ambos com 85 pontos. Ou então o Benfica perde nos dois jogos e o FC Porto ganha um e empata outro.
O confronto directo não desempata Benfica e FC Porto: os lisboetas ganharam no Porto por 1-0, os portistas ganharam em Lisboa por 2-1. E os golos fora de casa não contam para desempatar.
O critério seguinte é a diferença entre golos marcados e sofridos. E, aí, o Benfica tem vantagem clara: a classificação oficial mostra-nos que o Benfica tem mais 59 golos marcados do que sofridos, enquanto o FC Porto fica-se pelos 46 golos de diferença. Ou seja, nestes dois jogos, o FC Porto precisava de golear Famalicão e Vitória de Guimarães por 6-0 e 7-0, por exemplo (além dos dois empates do rival).
Nessa remota possibilidade, de igualdade até na diferença de golos, entraria “em cena” novo critério: maior número de golos marcados. Mais uma vez, o Benfica está confortável, com 77 golos marcados contra os 66 do FC Porto – um cenário que, no entanto, mudaria muito se a equipa de Sérgio Conceição conseguisse as tais goleadas históricas: marcando 13 golos (e não sofrendo) e o Benfica 2 (e sofrendo também 2 golos, originando empates em dois jogos), ficaria mesmo tudo igual nos detalhes da classificação.
Neste cenário pouco provável, avançaríamos para um jogo entre Benfica e FC Porto. Em campo neutro. Uma “final” da I Liga, que nunca aconteceu.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira da Silva, ZAP” ]
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