O beijo (amargo) da vitória, o pesadelo após sonho, e como La Roja domina o futebol Mundial

La Roja sagrou-se campeã mundial e afirmou a sua hegemonia no panorama atual do futebol feminino. A protagonista do jogo recebeu a notícia da morte do pai no final da partida. E houve uma tentativa de imitação de Iker Casillas…

A Espanha conquistou, este domingo, o Mundial feminino de futebol pela primeira vez, ao vencer por 1-0 a Inglaterra.

O golo que ficou para a história foi de Olga Carmona, que, no final do jogo, ficou a saber da morte do pai

A capitã de La Roja, a melhor em campo, foi do sonho ao pesadelo, no espaço de uma hora e meia.

Foi à passagem do minuto 23 que a jogadora do Real Madrid fez o tento da glória espanhola.

Espanholas dominam o futebol mundial

Com esta conquista, a Espanha consegue algo inédito: é a atual campeã do mundo em sub-17, sub-20 e seleção principal. Há uma jogadora que já ergueu os três troféus.

Depois de ter ganho em outubro e agosto de 2022, respetivamente, o Mundial de sub-17 e sub-20, La Roja acaba agora de afirmar a sua hegemonia no atual panorama do futebol feminino.

Há, no entanto, uma seleção que também já venceu as três competições – o Japão – mas não ao mesmo tempo, como Espanha.

A melhor jogadora jovem do torneio foi Salma Paralluelo que já venceu o Mundial de sub-20, no ano passado, e o Mundial sub-17, em 2018.

Este ano, a avançada de 19 anos também conquistou a Liga dos Campeões, ao serviço do Barcelona.

Um beijo não consentido, mas com sentido

No final do jogo, o presidente da Federação Espanhola de Futebol quis imitar Casillas, mas correu mal…

Em 2010, o antigo guarda-redes espanhol Iker Casillas beijou, em direto, para o Mundo, Sara Carbonero. Saiu-lhe bem. O jogador viria mesmo a casar-se com a jornalista espanhola.

Desta vez, foi a jogadora Jenni Hermoso a ser beijada… não por um jornalista, mas sim pelo presidente da federação Luis Rubiales, no meio da euforia da entrega das medalhas.

Aquele gesto, não consentido, tem gerado uma grande onda de contestação e Rubiales foi acusado de violência sexual pela ministra interina para a Igualdade espanhola.

Numa publicação na rua rede social Twitter/X, Irene Montero, disse que, enquanto sociedade, não podemos supor que dar um beijo sem consentimento seja algo “que acontece”.

No final do jogo, Jenni Hermoso disse que o gesto de Luis Rubiales foi “natural” e fez sentido, no contexto.

Apesar de, numa primeira instância, ter afirmado que não gostou do ato, a jogadora desvalorizou o beijo, referindo que “foi um gesto mútuo totalmente espontâneo pela imensa alegria que dá conquistar um Mundial”.

“O presidente e eu temos uma ótima relação, o comportamento dele com todas nós tem sido nota dez e foi um gesto natural de carinho e gratidão“, acrescentou, em declarações à Federação.

“Não se deve especular sobre um gesto de amizade e gratidão, ganhamos um Mundial e não nos vamos desviar do que importa”, pediu a número 10 de La Roja.

[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]


Comentários

2 comentários a “O beijo (amargo) da vitória, o pesadelo após sonho, e como La Roja domina o futebol Mundial”

  1. Tudo indignado com o beijo, tudo bem não devia ter acontecido, mas não vejo o porquê de tanto alarido, já houve beijos entre mulheres e entre homens em circunstâncias semelhantes e ninguém se indignou….se a sociedade pugna por direitos iguais para todos, porque se indigna tanto com certas atitudes ainda que irrefletidas e com outras não?? Sociedade estranha, mundo estranho este!!

  2. Não consta que a beijada tenha ficado muito preocupada.
    E há quem chame a isto assédio sexual!!!?
    Onde nós já vamos.

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