O presidente da Federação Espanhola de Futebol está ‘debaixo de fogo’. Depois de mãos nos genitais e de um beijo na boca impróprio, a FIFA abre um inquérito disciplinar a Luis Rubiales. Em Espanha exigem-se a demissão. Pedro Sánchez diz que os episódios são inaceitáveis.
Espanha fez história, no domingo passado, ao vencer o Mundial feminino de futebol pela primeira vez, frente à Inglaterra, por 1-0.
Apesar do feito, as principais protagonistas não estas a ser ‘Elas’, mas sim os episódios repugnantes do presidente da Federação espanhola.
Luis Rubiales está debaixo de fogo, depois de ter tido das atitudes inadequadas que teve no pós-jogo.
Mal soou o apito final, Rubiales festejou, pondo a mão nos genitais, enquanto fez gestos obscenos, na tribuna presidencial, ao lado do presidente da FIFA Gianni Infantino, da Rainha Letizia de Espanha e da Infanta Sofia.
🚨 NO es solo el beso sin permiso a Jenni Hermoso.
Esta es la imagen de Luis Rubiales, presidente de la RFEF, tocándose sus genitales en el palco junto a la Reina, la Infanta y el presidente de la FIFA,
Esta imagen es dantesta para la Marca España. pic.twitter.com/G75xScsKR1
— Perendinador (@Perendinador) August 21, 2023
Momentos depois, na entrega das medalhas, o presidente voltou a ter um ato impróprio, ao beijar na boca a jogadora Jenni Hermoso.
Em declarações à Federação no próprio dia, a número 10 de La Roja até tinha desvalorizado a situação, dizendo que se tratou apenas de “um gesto natural de carinho e gratidão”.
Intentado entender el beso de Rubiales a Jenni Hermoso. pic.twitter.com/6IiIPfT8cw
— Memphys Colina (@MemphysColina) August 20, 2023
Mas agora, com as emoções já mais resfriadas, Jenni Hermoso está a exigir a adoção de “medidas exemplares” contra Rubiales.
“Pedimos à RFEF que implemente os protocolos necessários, garanta os direitos das nossas jogadoras e adote medidas exemplares”, lê-se no comunicado divulgado pelo sindicato FUTPRO, que luta pela defesa dos direitos da jogadora.
“É essencial que a nossa seleção nacional, atual campeã do mundo, seja sempre representada por figuras que projetem valores de igualdade e respeito em todas as áreas. É necessário continuar a avançar na luta pela igualdade, uma luta que as nossas jogadoras têm liderado com determinação, levando-nos à posição em que nos encontramos hoje”, pode ler-se.
A dar polémica está ainda uma foto de Luis Rubiales a pegar ‘ao ombro’ a jogadora Athenea del Castillo, durante os festejos.
Ahora se entiende el gesto de Athenea del Castillo cuando Vilda habló de Rubiales en sus agradecimientos. pic.twitter.com/TBRr8gorRk
— Llourinho (@Llourinho) August 23, 2023
Pedro Sánchez criticou os episódios, classificando-os como “inaceitáveis”: “As desculpas que o senhor Rubiales apresentou são insuficientes e inapropriadas e, por isso, tem ir mais longe”, considerou o primeiro ministro espanhol.
FIFA abre inquérito a Rubiales
Esta quinta-feira, a FIFA informou, num comunicado publicado ao início da tarde, que abriu um inquérito ao presidente da Federação espanhola pelos “eventos da final do Mundial”.
“A FIFA informou o Sr. Luis Rubiales, Presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), da abertura de um inquérito disciplinar com base nos eventos ocorridos durante a final da do Mundial feminino, no domingo, 20 de agosto de 2023”, pode ler-se.
“A FIFA reitera o seu compromisso inabalável de respeitar a integridade de todos os indivíduos e condena veementemente qualquer comportamento em contrário”, remata.
Apalpão acidental ou propositado?
Antes da mão nos genitais e do beijo na boca, houve, durante o jogo, outro momento que está a gerar polémica: um apalpão à treinadora adjunta Montse Tomé.
Aqui foi selecionador espanhol Jorge Vilda que pôs a mão no seio da adjunta, nos festejos do golo que deu a vitória à Espanha.
Jorja Vilda Spain’s coach was seen grabbing a female staff member’s breast during the World Cup Finals celebrations. pic.twitter.com/qSxbiaHAsY
— GistReel.Com (@GistReel) August 23, 2023
Se foi sem querer ou não? Só ele saberá, o que é certo é que a falta de cuidado do treinador também não está a ser poupada a críticas.
No ano passado, 15 jogadoras renunciaram à seleção em protesto contra Jorge Vilda, por motivos técnicos, mas, mesmo assim, Luis Rubiales manteve o treinador.
[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]
Deixe um comentário