O FC Porto reduziu hoje provisoriamente o atraso para o Benfica, líder isolado da Primeira Liga, ao ganhar no reduto do Penafiel por 3-1, num embate da 17.ª jornada condicionado pelo mau tempo.
O nono triunfo do Porto em Penafiel, em 13 jogos disputados para o principal campeonato, foi alcançado com golos de Herrera, Jackson Martinez e Óliver Torres, aos 30, 34 e 62 minutos, respetivamente, com Rabiola, de permeio, aos 50, a anotar o tento de honra dos locais.
Com este resultado, o FC Porto passou a somar 40 pontos, a três do Benfica, que joga domingo na Madeira, com o Marítimo, enquanto o Penafiel, que somou a terceira derrota consecutiva, continua com 11 e arrisca cair para o último lugar, no caso de o Gil Vicente ganhar no reduto do Belenenses.
A vitória do FC Porto explica-se, essencialmente, pela maior eficácia na finalização, aproveitando desatenções defensivas dos penafidelenses.
Com Alex Sandro de regresso ao lado esquerdo da defesa, após castigo, comparativamente ao último jogo da I Liga (vitória caseira diante do Belenenses, por 3-0), o FC Porto entrou algo ‘macio’ no jogo, essencialmente no meio campo, permitindo que os locais conseguissem ter a bola longe da sua baliza.
Sem Mbala e Coelho, castigados, o técnico penafidelense, antigo adjunto de Vítor Pereira no FC Porto, arrumou a equipa com um meio campo reforçado e solidário, a pressionar na zona de construção contrária, deixando André Fontes como o elemento de apoio ao avançado Rabiola em ação ofensiva.
Sem espaço pelo corredor central, o FC Porto tinha de explorar as faixas laterais, mas os passes eram denunciados e raramente conseguiam surpreender o Penafiel.
À passagem da meia hora, Lopetegui decidiu trocar os extremos e a mudança pareceu baralhar o Penafiel, que, no espaço de quatro minutos, deixou-se surpreender e sofreu dois golos.
Jackson, aos 30 minutos, ganhou a bola de costas para a baliza, à entrada da área do Penafiel, rodou e entregou em Casemiro, com o brasileiro, em posição duvidosa, a levantar sobre o debutante Tiago Rocha como titular e Herrera a confirmar o golo em cima da linha.
Os adeptos portistas ainda festejavam o tento inaugural e Jackson fazia o segundo golo, quatro minutos depois, após assistência de Óliver, beneficiando de uma desatenção defensiva dos locais.
Num jogo disputado debaixo de chuva e com o relvado a ficar impraticável, com o decorrer dos minutos, o FC Porto, sem ter feito muito por isso, ia para o intervalo com uma vantagem importante, mas, no reatamento, uma confusão na área portista possibilitou o golo de Rabiola, devolvendo o Penafiel à discussão do resultado.
Lopetegui não quis correr riscos e sacrificou Quaresma em detrimento de Marcano, colocado à frente dos centrais. O meio campo ganhou ‘músculo’ e um elemento mais atento aos ressaltos, numa estratégia que resultou em pleno.
Numa fase difícil, em que a bola não rolava e todos jogavam de pontapé para a frente, os portistas resolveram definitivamente o jogo, por Óliver, um dos melhores em campo, num lance iniciado no ‘omnipresente’ Jackson e no qual Tiago Rocha podia ter feito mais.
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