Do “KFC” para o “EFC”. Beto, que há seis anos jogava nas distritais de Lisboa, acaba de assinar pelo Everton, do qual se confessou adepto e onde também alinhou o seu ídolo Samuel Eto’o. “Pagar as contas à minha mãe era como marcar um golo”.
Beto foi contratado pelo Everton, por 30 milhões de euros, proveniente da Udinese.
O avançado de 25 anos foi oficializado esta terça-feira, e assinou um contrato válido até 2027.
Portugal é o segundo país mais representado do plantel do Everton. Beto junta-se a André Gomes, João Virgínia e Youssef Chermiti, que chegou na semana passada, proveniente do Sporting.
São agora quatro “os Toffees tugas”, e dois na frente de ataque.
Beto 🤝 Youssef Chermiti
Os Toffees tugas! 🇵🇹💙 pic.twitter.com/T4ZgpnIhrM
— Everton (@Everton_PT) August 29, 2023
A equipa de Liverpool ocupam, à terceira jornada, o último posto da tabela classificativa do campeonato inglês, com três derrotas e zero golos marcados.
Espera-se que o português venha a revolver, pelo menos, os problemas de ataque da equipa orientada por Sean Dyche.
Na apresentação, esta terça-feira, o português foi surpreendido com um vídeo antigo onde aparecia com camisola do Everton. Tinha-lhe sido oferecida pelos seus amigos, já que Beto era fã do clube e de Lukaku, que, naquele tempo, jogava nos Toffees.
Following in the footsteps of some of his heroes 💙 pic.twitter.com/MSGSD5TmCi
— Everton (@Everton) August 29, 2023
Do “KFC” para o “EFC”
Há seis anos, Beto jogava na União de Tires, das distritais de Lisboa.
No ano seguinte, deu o salto para o Campeonato de Portugal, para representar o Olímpico do Montijo.
O trampolim foi bem maior no ano seguinte. O Portimonense foi o destino que se seguiu, para o avançado português.
Na primeira época ao serviço dos algarvios, Beto só fez dez jogos pela equipa principal, tendo feito a maior parte das exibições na equipa Sub-23.
Foi no ano seguinte que se conseguiu afirmar e destacar primeira equipa do Portimonense, tendo feito 11 golos, no campeonato português.
Antes de rumar a Itália, o avançado chegou a ser associado aos três grandes, mas foi a Udinese que se chegou à frente.
Deslumbrou os italianos durante duas épocas, com os seus 22 golos, e chega agora à Premier League, para ajudar o Everton (que bem precisa) com golos.
Em entrevista à Gazzetta dello Sport, no ano passado, Beto contou que durante o período em que jogou nos escalões inferiores do futebol português também trabalhou no KFC, para conseguir tirar a carta de condução e ajudar a mãe com as contas.
“Trabalhei no KFC porque queria tirar a carta [de condução], com o meu próprio dinheiro. Algumas pessoas pensam que a minha história é difícil porque tinha de trabalhar, mas para nós era normal“, contou.
Além disso, “pôr o dinheiro na mesa no final do mês para ajudar a minha família deixou-me orgulhoso. Pagar as contas em vez da minha mãe era como marcar um golo. E tudo isso também estava ligado à ambição”, acrescentou o futebolista.
“Na verdade, diverti-me muito ali, especialmente quando o meu primo estava na caixa ao lado da minha. Acordava cedo, ia diretamente para o KFC, depois corria para o treino e ia dormir imediatamente. Enquanto trabalhava no “fast food”, eu dizia aos meus amigos que iria ser profissional em cinco anos. Fi-lo em quatro“, recordou.
“Beto’o” por causa de Samuel Eto’o
“Sou forte, rápido e técnico, mas só um pouco. Tenho que trabalhar muito. O modelo? Eto’o, faço tudo como ele“.
Nessa entrevista de 2022, Beto comparou-se a Samuel Eto’o, sublinhando que o antigo internacional camaronês é o seu ídolo de infância.
“É o meu maior ídolo. Quando era criança, escrevia sempre o meu nome “Beto’o”, até como assinatura”.
Beto vai agora vestir uma camisola que também Samuel Eto’o vestiu.
Eis o novo número 14 do Everton:
Bem-vindo, Beto! 🇵🇹 pic.twitter.com/ojdok4eGvv
— Everton (@Everton) August 29, 2023
[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]
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