Mais duas mulheres vieram a público acusar Antony de agressão após as denúncias feitas pela ex-namorada do avançado do Manchester United. A vida do internacional brasileiro complica-se.
Duas mulheres relatam na imprensa brasileira novas acusações contra Antony. Rayssa de Freitas alega que foi agredida por Antony e por uma mulher, em Maio de 2022, e que teve que receber tratamento no hospital. Terá apresentado queixa na Polícia de São Paulo, no Brasil.
Ingrid Lana é a outra mulher que acusa Antony, alegando que este a pressionou a fazer sexo durante uma viagem que fez a Inglaterra, no ano passado.
Em entrevista à TV Record, no Brasil, Lana alega que Antony a convidou para ir à sua casa e que quando se recusou a ter relações sexuais com ele, a empurrou contra uma parede.
A onda de acusações contra Antony já está a afectar a sua vida no Manchester United, onde alguns dos colegas estarão desagradados com os alegados comportamentos do internacional brasileiro.
Os comentadores do programa “Match Of The Day 2”, da BBC, reportam mesmo um alegado boicote dos colegas de equipa a Antony, frisando que já evitam passar-lhe a bola.
O ex-jogador Jermaine Jenas, comentador do programa, analisou o jogo do United contra o Arsenal, salientando que, apesar de Antony surgir livre na ala por várias vezes, não saíram passes para ele.
“Lindelof teve a oportunidade de tocar a bola para um homem aberto e de o deixar no um contra um. Mas deixa passar a oportunidade de dar a bola ao Antony“, sublinha Jenas, frisando que os colegas de equipa “o ignoraram”.
Na sua primeira temporada em Inglaterra, onde chegou como reforço desejado pelo treinador Erik Ten Haag, Antony chegou a ser criticado por não passar a bola aos colegas de equipa.
O atleta está, agora, novamente no meio do furacão das críticas, mas, desta vez, pode acabar mesmo por ter a sua carreira comprometida depois de já ter sido afastado da convocatória da Selecção Brasileira.
Antony deu a sua primeira entrevista ao canal brasileiro SBT depois da divulgação das acusações, negando as agressões à ex-namorada e às outras duas mulheres.
Manchester United debaixo de fogo
Entretanto, o Manchester United veio a público salientar que não comenta o caso enquanto está a decorrer o inquérito policial e não tiver “mais informação”.
Mas o clube deixa a garantia de que está a levar a situação a “a sério, tendo em consideração o impacto que estas alegações e as denúncias subsequentes podem ter sobre os sobreviventes de abuso“, conforme um comunicado.
Os responsáveis do clube estão a ser pressionados para tomar medidas quanto a Antony. Até porque este é só mais um caso a juntar a outros em torno de suspeitas de abusos sexuais que levantam dúvidas quanto à actuação do United.
No caso de Antony, há rumores de que o clube terá tentado encobrir as alegadas agressões a Gabriela Cavallin. O United terá encaminhado a então namorada do atleta para um médico do clube, de modo a evitar que fosse atendida num hospital. Uma versão que o United já desmentiu.
Conhecido é também o caso de Mason Greenwood que foi acusado de tentativa de violação e de agressões por uma namorada. Chegou a ter uma ordem de prisão em seu nome, em 2022, mas já neste ano, as acusações contra o atleta foram retiradas após uma testemunha-chave do processo se ter retirado de cena.
O United acabou por ceder Greenwood ao Getafe, após ter sido empurrado a afastá-lo da equipa devido às denúncias de violência doméstica.
Há ainda o caso do ex-treinador do Manchester United feminino, Geoff Konopa, que foi condenado por pedofilia, mas que, apesar disso, foi convidado de honra para um evento no clube, em 2022, onde havia dezenas de crianças.
Konopa treinou a equipa feminina entre 1983 e 2001. Em 2011, foi condenado a quatro anos de prisão por abuso sexual de raparigas menores de idade e foi colocado na lista de predadores sexuais do país.
[sc name=”assina” by=”Susana Valente, ZAP”]
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