Já está. Sem calculadoras, Portugal alcançou a fase final do Euro 2024 que vai decorrer no próximo Verão na Alemanha. Venceu a Eslováquia por 3-2.
O percurso da turma nacional tem sido irrepreensível nesta fase de apuramento no Grupo J, com 21 pontos em sete jornadas, 27 golos marcados e dois sofridos, ambos na noite desta sexta-feira.
Frente à Eslováquia, os comandados de Roberto Martínez foram sublimes na etapa inicial, marcaram em duas ocasiões e podiam ter aumentando ainda mais o “score”, na segunda metade os eslovacos ripostaram e chegaram a ameaçar o empate.
Apesar dos calafrios, o triunfo não fugiu e a presença no Europeu está mais do que assegurada. Gonçalo Ramos abriu a contagem, Cristiano Ronaldo bisou, Hancko e Lobotka assinaram os tentos da Eslováquia.
Um vendaval de bom futebol
Velocidade, constantes trocas posicionais, pressão inteligente sobre o adversário e diversas acções atacantes. Foi desta forma que Portugal se apresentou nesta “final” diante da Eslováquia.
Com Gonçalo Ramos a fazer companhia a Ronaldo na frente de ataque e Palhinha a suster uma linha ultra ofensiva preenchida com Rafael Leão à esquerda, Bernardo Silva na direita e Bruno Fernandes na zona central e ainda com Cancelo a dar amplitude ao flanco direito como se fosse um ala, a turma nacional asfixiou os eslovacos, com o bloco subido, foi comandando os ritmos do jogo desde cedo e dessa forma acumulou uma série de ocasiões claras para marcar.
À quarta tentativa, Dúbravka, desta feita, nada conseguiu fazer e Gonçalo Ramos abriu a contagem dando sequência a uma assistência primorosa de Bruno Fernandes.
À beira do minuto 30 Cristiano Ronaldo ampliou a vantagem da marca dos 11 metros, a punir um corte de Vavro com o braço após um centro de Rafael Leão.
Só dava Portugal – a excepção ocorreu aos 15 minutos, quando António Silva ia fazendo um autogolo, valendo a intervenção de Diogo Costa que defendeu para os ferros – e o 3-0 esteve para acontecer aos 36’, 38’, 42’ e 45+1’.
Ao intervalo, Gonçalo Ramos era o melhor em cena com quatro remates (dois enquadrados), um golo, 22 acções com a bola (cinco na área adversária), seis duelos vencidos e um GoalPoint Rating de 6.8.
Após uma primeira parte ao ritmo do “Martínezball”, houve uma reacção forte da Eslováquia, que foi mais agressiva, pressionante, adaptou-se melhor ao dilúvio que caiu nos céus do Estádio do Dragão e aproveitou o espaço concedido na zona central por Portugal para ferir.
Foi assim que encurtou distâncias por Hancko – o esférico desviou em António Silva e traiu Diogo Costa – , naquele que foi o primeiro golo consentido pela equipa lusa.
CR7 bisou, dando uma almofada confortável de dois golos, mas um golaço de Lobotka, aproveitando o deserto luso no espaço entrelinhas, deixou tudo em aberto.
Porém, apesar de alguns sobressaltos, o carimbo no passaporte para a Alemanha estava garantido.
Melhor em campo
Bruno Fernandes. O médio tem brilhado nesta fase de apuramento e, na noite desta sexta-feira, voltou a ser influente. É certo que não marcou, mas esteve envolvido em diversos lances perigosos, oferecendo o tento inaugural a Gonçalo Ramos e o 3-1 para o bis de Cristiano Ronaldo – sétimo passe letal em sete jornadas. Importante em todas as fases do jogo, Bruno Fernandes foi, ainda, responsável por três remates (todos enquadrados), cinco cruzamentos, oito passes progressivos recebidos, 78 acções com a bola (sete na área contrária) e atingiu as nove recuperações de posse. A nota não foi ainda mais elevada devido aos quatro passes de risco que acumulou, aos dez duelos que perdeu e às 24 perdas de posse que acumulou. Não obstante isso, foi o MVP com um excelente GoalPoint Rating de 8.7.
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