O primeiro saco de boxe com um “cérebro” é português

-BHOUT Bag

“Algures entre um videojogo e um instrumento de exercício”, tem um “cérebro” que combina sensores com visão computacional e inteligência artificial. Também interage com o utilizador para um maior engagement durante o treino.

“O primeiro saco de boxe com um cérebro” é português.

O saco de boxe inteligente BHOUT Bag, criado e fabricado em Portugal pela ‘startup’ BHOUT, foi considerado uma das 200 melhores invenções do mundo pela revista TIME na categoria de ‘Fitness’, anunciou, esta quarta-feira, a empresa.

Em comunicado, a startup portuguesa de FitTech (tecnologia na área desportiva) — criada em 2019 e que alia o exercício físico ao gaming para “revolucionar a forma como as pessoas se relacionam com o exercício físico” — refere que o BHOUT Bag combina sensores com visão computacional em 3D e inteligência artificial.

Um saco “imitador” parecido connosco: 85% é água

“Algures entre um videojogo e um instrumento de exercício, tem um “cérebro” que utiliza sensores biométricos e que, em comunicação com a aplicação e com a inteligência artificial, identifica todos os golpes, desde murros, pontapés, cotoveladas ou joelhadas no saco e interage com o desportista criando um maior engagement durante o treino”, explica.

Os múltiplos sensores do saco, segundo o site oficial da empresa,conseguem dizer-lhe quão forte é:  calculam a força de cada golpe.

O agora distinguido saco de boxe é apresentado como estando “na fronteira entre um equipamento de ‘fitness’ e uma consola de jogo”, integrando “a psicologia, os princípios da ‘gamificação’ e a investigação sobre ‘nudging’ (Teoria da Arquitetura da Escolha) à alta tecnologia”.

Construído em multicamadas, o saco de boxe conta com uma camada exterior que imita pele (feita de pele natural de cato), uma primeira camada feita de espuma de média densidade, onde se situam os sensores, que imita o efeito da massa muscular, e uma segunda camada de espuma de alta densidade que imita o tecido fascial.

O interior do saco é composto por 85% de água para evitar lesões de impacto, imitando a densidade dos órgãos internos.

Planos ambiciosos para o futuro

Atualmente constituída por oito pessoas e detentora de um clube de boxe em Lisboa — o BHOUT Club – a BHOUT diz ter planos para “mais do que duplicar a equipa até ao início de 2024″, pretendendo recrutar sobretudo perfis de engenharia, ‘marketing’ e gestão da relação e experiência dos clientes.

Após ter faturado 159 mil euros em 2022, prevê atingir um volume de negócios na ordem dos 213 mil euros este ano, em resultado da operação do BHOUT Club.

Segundo avançou à agência Lusa fonte oficial da empresa, “a reta final do ano e início de 2024 serão também decisivos para escalar o negócio”.

Para além da distinção agora atribuída pela TIME, a BHOUT destacou-se já como a Melhor Start-up FitTech em fase inicial na Europa no Connected Health & Fitness Summit 2022, um dos Ginásios mais Inovadores do Mundo pelo Fitness Industry Technology Council e entre os ‘designs’ mais inovadores de 2023 a nível global, pelos prémios da Fast Company’s Innovation by Design.

[sc name=”assina” by=”ZAP” url=”” source=”Lusa”]


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *