O ex-futebolista internacional português Luís Figo anunciou esta quarta-feira que vai candidatar-se à presidência da FIFA, cujas eleições estão marcadas para 29 de maio.
O mais internacional dos jogadores portugueses, que relevou a sua intenção numa entrevista à televisão norte-americana CNN, é o sexto a manifestar interesse, depois Joseph Blatter, atual presidente, Michel van Praag, presidente da federação holandesa, David Ginola, ex-jogador frandês, Jerome Champagne, candidato independente francês, e Ali bin Al Hussein, vice-presidente da FIFA.
“Eu preocupo-me com o futebol, e não gosto do que tenho visto em relação à imagem da FIFA não só, mas nos último anos”, afirmou o antigo jogador de Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão, de 42 anos.
Entretanto, o internacional português confirmou as suas intenções com uma publicação no Twitter, onde afirma: “Devo ao futebol o que sou e sinto que chegou a hora de retribuir. Sou candidato à presidência da FIFA.”
Apagar a má imagem da FIFA
Luís Figo revelou ter tomado a decisão de concorrer à presidência do organismo quando se soube da investigação à atribuição dos Mundiais de futebol à Rússia (2018) e ao Qatar (2022) e ao que aconteceu posteriormente.
“Depois desse momento e do relatório [de Michael Garcia, da Comissão de Ética do organismo] que não foi publicado, foi o momento em que decidi que algo tinha que ser feito”, justificou o antigo jogador, aludindo às fortes suspeitas de corrupção no processo.
O vencedor do prémio de melhor futebolista de 2001 e da Bola de Ouro de 2000 revelou, numa mensagem divulgada pela FPF, a sua vontade de mudança na FIFA.
“Olho para a reputação da FIFA e não gosto do que vejo, o futebol merece melhor, ao longo das últimas semanas, meses e até anos, assisti a uma acentuada degradação da imagem da organização e sinto que é tempo de inverter esta realidade. A FIFA tem de voltar a ser uma instituição respeitada e acarinhada em todo o mundo”, referiu.
Figo recorreu ainda à sua experiência futebolística para sustentar a sua capacidade de mudar a FIFA, para a qual exige que o “jogo” volte a ser a principal preocupação.
“O futebol, o jogo, tem de voltar a ser o foco da FIFA. Falei com muitas pessoas no futebol – jogadores, treinadores e presidentes de federações – e todos pensam que algo tem de ser feito. Fui jogador profissional, trabalhei no jogo a todos os níveis ao longo da minha vida e penso que sei o que é bom para ele”, salientou.
As eleições para a presidência da FIFA, cujo prazo de candidatura termina a 29 de janeiro, decorrem a 29 de maio, no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.
ZAP / Futebol365 / Lusa
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