Defesa-central está “atrás de outros jogadores da equipa principal e pode estar atrás de atletas da equipa B”. E houve mau comportamento.
O futebolista David Carmo, que tinha sido relegado na quinta-feira para a equipa B do FC Porto por conduta inadequada, está longe da exigência disciplinar e desportiva do clube, admitiu hoje o treinador Sérgio Conceição.
“Acho que ele vai ter mais possibilidade de competir ao serviço da equipa B. Depende da sua aplicação e determinação e daquilo que for definido pelo [António] Folha [técnico do conjunto ‘secundário’]. Em termos disciplinares e desportivos, o David Carmo está abaixo daquilo que pretendemos e tem de competir para mostrar ao treinador da equipa principal que pode ser opção”, observou, na conferência de imprensa de antevisão à receção ao Leixões, da II Liga, no sábado, da terceira e última jornada do Grupo D da Taça da Liga.
A despromoção do defesa central ao FC Porto B foi tomada em sintonia pelo departamento de futebol e pela administração da SAD comandada por Pinto da Costa, abrindo uma vaga para a inclusão definitiva do colega de setor Zé Pedro nas opções de Sérgio Conceição.
“É um facto que houve mau comportamento disciplinar do atleta. A nível desportivo, acho que tem de competir. Neste momento, não só emocionalmente, como também em termos técnico-táticos, está atrás de outros jogadores da equipa principal que atuam na mesma posição e pode estar atrás de atletas da equipa B. Depende do empenho nesse espaço”, atirou, sublinhando que quem integra a estrutura ‘azul e branca’ “tem de ter rendimento”.
David Carmo, de 24 anos, somava 12 jogos ao serviço do FC Porto esta temporada, mas deixou de ser utilizado desde a derrota averbada na visita ao Estoril Praia (3-1), em 06 de dezembro, da segunda jornada do Grupo D da Taça da Liga, que implicou o afastamento precoce do atual detentor do troféu da prova mais jovem do futebol profissional nacional.
“Foi algo que se passou no seio do grupo, mas não falarei em público sobre isso. O que é que os jogadores querem? Jogar. O melhor espaço para ele jogar é na equipa B. Pagam-me e bem para tomar decisões. Nós vivemos de resultados. Se eu perder mais uns jogos mandam-me… [bate na mão, em jeito de saída]”, observou Sérgio Conceição, entre risos.
Transferência mais avultada de sempre entre clubes portugueses desde o verão de 2022, quando abandonou o Sporting de Braga por 20,3 milhões de euros (ME), o defesa sentiu dificuldades de afirmação nos ‘dragões’ e apenas cumpriu 15 encontros em 2022/23 pela equipa principal, juntando mais três duelos com a equipa B, orientada por António Folha.
“Por detrás de cada atleta, existe uma máquina que tem a ver com os seus empresários, com as pessoas associadas e com a comunicação de notícias cá para fora da forma que eles querem e lhes convém. Há ainda um mercado de [transferências de] janeiro a agitar sempre a cabeça dos jogadores. Andamos aqui há alguns anos e entendemos isso, mas não devemos aceitar certas situações, pois estou aqui para defender o FC Porto”, frisou.
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