“Dois meses de salários em atraso não matam ninguém”, diz presidente do Boavista

O presidente do Boavista FC, Vítor Murta

O presidente dos Boavista, Vítor Murta, apresentou, esta sexta-feira, Ricardo Paiva como novo treinador dos axadrezados. Na conferência de imprensa, o dirigente aproveitou para falar da situação financeira delicada do clube, onde considerou que “dois meses de salários em atraso não matam ninguém”.

Há mais clubes com salários em atraso e não vejo ninguém a escrever sobre isso”, argumentou Vítor Murta, que diz ter saldado, esta sexta-feira, os salários dos jogadores.

Na apresentação de Ricardo Paiva, como novo treinador do Boavista, até ao final da temporada, após a saída Petit, no início do mês, o presidente dos axadrezados abordou a situação financeira do clube, que é, como se sabe, delicada.

Se, de um lado, a situação salarial dos jogadores fica resolvida “já hoje”; do outro, a dos funcionários ainda é uma questão para “os próximos dias”.

“Hoje os salários dos jogadores vão ficar totalmente resolvidos e parcialmente os dos funcionários, que acabarão por ficar resolvidos nos próximos dias. Vi num jornal dizer que os funcionários fizeram greve, mas isso não corresponde à verdade. Aqui temos dificuldades, mas as pessoas são dignas e trabalhadoras. Temos dificuldades sim, mas quem é que não as tem?”, defendeu Vítor Murta aos jornalistas.

Na conferência de imprensa, esta manhã, o dirigente fez estalar a polémica ao dizer que dois meses de salários em atraso não matam ninguém.

“O Boavista tinha dois meses de salários em atraso. Parece-me que essa circunstância não mata ninguém. (…) O Rio Ave também assumiu publicamente que tinha dois salários em falta (…) O Boavista assumiu a existência de dois meses de salários em atraso e isso fez com que falhássemos controlo salarial (…) Ao contrário de outros clubes, o Boavista não mete jogadores a assinar documentos a dizer que têm salários em dia. O Boavista assume“, garantiu Vítor Murta.

O presidente do emblema do Bessa diz que é preciso parar “com essa história das dificuldades”, sublinhando que o Boavista não está morto.

“Para reanimar é precisar estar morto e aqui ninguém está morto (…) Quando se fala de dificuldades… o nosso clube treinava em Sandim, os jogadores vinham molhados para o Bessa porque não podiam tomar banho lá. Hoje têm campo, pequeno-almoço, almoço e jantar, condições que outros clubes não têm. Estamos bem vivos“, assegura o dirigente.

O Boavista ocupa, neste momento, o 12.ª lugar do campeonato português, com 16 pontos, mas já não ganha para a Liga desde 18 de setembro – naquela dia, os boavisteiros assumiram a liderança do campeonato, após uma vitória por 4-1, em casa, frente ao Desportivo de Chaves.

[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]


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