Operação Pretoriano para “trazer a paz ao Porto”. Adelino Caldeira suspeito de combinar agressões

Adelino Caldeira (c) com Jorge Nuno Pinto da Costa (e)

Adelino Caldeira – administrador da SAD do FC Porto – é um dos suspeitos na “Operação Pretoriano”. Terá combinado com Fernando Madureira as agressões da Assembleia-Geral de 13 de novembro. O dirigente nega as acusações.

Na manhã desta quarta-feira, Fernando Madureira foi um dos 12 detidos no âmbito da “Operação Pretoriano” – que investiga crimes de ofensas corporais, danos, coação e ameaça, relacionados com os incidentes ocorridos na Assembleia-Geral (AG) do clube, no dia 13 de novembro.

De acordo com o Observador, o líder dos Super Dragões terá sido instigado por Adelino Caldeira – administrador da SAD do FC Porto e, segundo a CNN, um dos mais próximos do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa – a levar a cabo agressões, naquela sessão.

No centro da operação estão também os atos de vandalismo à residência de André Villas-Boas, bem como as ameaças de que o candidato à presidência do clube tem sido alvo.

O termo “Pretoriano” – relativo às tropas ao serviço dos imperadores romanos, e usado por André Villas-Boas para descrever o ambiente vivido na “noite negra” de 13 de novembro – é, curiosamente, agora escolhido pelo Ministério Público (MP), para dar nome à operação.

Dois funcionários do FC Porto detidos

Num comunicado, emitido durante a tarde desta quarta-feira, o FC Porto informou que foram detidos dois funcionários do clube: Fernando Saúl, speaker do Estádio do Dragão e oficial de ligação aos adeptos, e Tiago Aguiar, responsável pelas Relações Externas do clube.

Os azuis-e-brancos expressaram, no comunicado, a intenção de colaborarem com as autoridades “em tudo o que lhe for solicitado”.

“Se desta investigação resultarem mais factos, o FC Porto agirá em conformidade, tal como agiu em relação a três sócios que foram condenados a penas de suspensão entre seis meses e um ano na sequência dos acontecimentos dessa noite”, pode ler-se.

Quanto a Adelino Caldeira – dirigente do FC Porto desde 1995 -, o jornal Público sabe que, para já, não foi alvo de quaisquer buscas, apesar de, alegadamente, ter agido em conluio com Fernando Madureira.

Noutro comunicado, Adelino Caldeira reagiu, dizendo que repudia as suspeitas de que é alvo e deixou um aviso: “a seu tempo por certo tomarei conhecimento de quem enlameou o meu nome nesta vergonhosa fabricação e agirei de forma a que o falso testemunho prestado seja exemplarmente punido”.

“Mensagem forte para a cidade”

O jornalista Luís Rosa, do Observador, disse na rádio do mesmo órgão de comunicação que a Operação Pretoriano passa uma “mensagem muito forte à cidade do Porto”, que – considera – verá a “ordem e a paz social restabelecidas”.

“As autoridades estão a passar uma mensagem muito forte à cidade do Porto. Em primeiro lugar, está a verificar-se o reestabelecimento da paz social. Está a ser restabelecida a paz e a ordem na cidade do Porto”, considerou Luís Rosa.

“Havia muitas pessoas – nomeadamente Fernando Madureira e alguns membros dos Super Dragões – que achavam que estavam acima da lei, porque tinham o respaldo de Jorge Nuno Pinto da Costa (…), que ignorava aquilo que todos viam”, acrescentou.

[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]


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