O Benfica accionou o modo voo seguro e venceu, neste domingo, de forma confortável o Gil Vicente.
Desde cedo que os campeões nacionais cantaram de galo, foram assertivos na pressão que exerceram – as presenças de Florentino e de Aursnes no “miolo” ajudam a equilibrar a equipa – e eficazes nos momentos de finalização.
Arthur Cabral abriu a contagem, João Neves apontou o segundo tento e Rafa fechou as contas num triunfo que permite aos “encarnados” assumirem o topo, ainda que de forma provisória, da prova e aumentarem a vantagem para o FC Porto. Os gilistas quase nunca conseguiram ferir o opositor e apenas na recta final deram sinais de vida.
Quem cedo marca, cedo descansa…
Com Bah – não era titular desde o “clássico” frente ao FC Porto a 29 de Setembro do ano passado – e com Florentino no “miolo”, alterações que colocaram João Mário e Kökcü no banco e promoveram a subida no terreno de Aursnes, o Benfica contrariou aquela que tem sido a norma nas últimas partidas e não correu atrás do prejuízo, pressionou a primeira fase de construção do Gil Vicente, soube explorar os três corredores, na zona central Florentino protegia as costas de João Neves, na direita Bah e Di María davam dinâmica e, na esquerda, foi de onde nasceram os dois cantos que lançaram a equipa de Schmidt na frente do marcador.
Ao minuto 15, Arthur Cabral aproveitou a assistência de Di María – aos 4’ tinha atirado ao ferro – e aos 34 João Neves accionou uma “trivelada” que dilatou o “score”.
Os gilistas nunca estiveram confortáveis na partida e terminaram a primeira parte com apenas um remate (desenquadrado).
Ao descanso, João Neves era a peça com melhor avaliação com um GoalPoint Rating de 6.8, graças ao remate certeiro que fez, uma eficácia de 95% nos passes (dois falhados em 37 efetuados), três recuperações de posse, quatro perdas e três acções defensivas.
No reatamento, Arthur Cabral deu o mote que Rafa, dois minutos volvidos, seguiu a preceito quando finalizou um lance “cozinhado” por Morato e Aursnes.
Com uma almofada confortável, os “encarnados” começaram a gerir os ritmos do encontro, Roger Schmidt promoveu a estreia na Liga de Álvaro Carreras, deu mais minutos de acção a Neres e ao reforço Rollheiser.
Com este triunfo, as “águias” assumiram a liderança isolada do campeonato, com mais dois pontos do que o Sporting, que viu o jogo ante o Famalicão ser adiado. Já os minhotos continuam a somar 22 pontos, sendo que, fora de portas, a equipa continua a apresentar muitas dificuldades, averbando apenas um triunfo em dez encontros.
Melhor em Campo
Com Florentino em campo, João Neves acaba por estar como “peixe na água”, assume a pele de número “8”, tem com quem dividir as tarefas defensivas e aumenta o raio de acção, surgindo mais vezes nas zonas de finalização.
Marcou um grande golo, com uma “trivela” à Ricardo Quaresma no único remate que fez, destacando-se ainda com seis passes longos eficazes, quatro passes progressivos, três passes super progressivos, 75 acções com a bola, venceu seis duelos, perdeu dois, registou oito recuperações de posse, nove perdas e seis acções defensivas. Por tudo isto, foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.2.
Destaques do Benfica
Otamendi 7.0
O capitão realizou um bom jogo, destacando-se com uma assistência para João Neves, apenas dois passes falhados em 71 realizados (eficácia de 97%), sete passes longos eficazes em outros tantos realizados, dois passes progressivos, quatro variações de flanco, 85 acções com a bola (máximo no duelo), seis recuperações de posse, duas perdas e dez acções defensivas.
Bah 6.9
Regressou na Reboleira e neste domingo foi titular, justificando a aposta. Imprimiu outra dinâmica na ala direita – permitindo que Aursnes fosse útil noutra zona do terreno -, colocando na folha de serviços oito passes progressivos (máximo na partida), 80 acções com a bola, oito duelos conquistados, seis perdidos, cinco recuperações de posse, 12 perdas – quatro das quais no terço defensivo -, e 12 acções defensivas, com destaque para cinco desarmes (máximo).
Arthur Cabral 6.9
Marcou pela segunda jornada seguida – já leva sete golos na temporada em todas as provas -, tendo ainda feito cinco remates, um dos quais travado pelos ferros, recebeu nove passes progressivos, fez 32 acções com a bola – oito das quais na área contrária -, ganhou três dos cinco duelos aéreos defensivos em que interveio, acumulou 11 perdas de bola e sofreu dois desarmes.
Rafa 6.6
Não estava a realizar um grande jogo, mas manteve a calma e acabou por apontar o tento que sentenciou o jogo. Saiu de cena com três remates, um golo, sete passes falhados em 30 tentados, recebeu dez passes progressivos (recorde na partida), acumulou seis acções com a bola na área contrária, seis recuperações de posse e 13 perdas.
Di María 6.5
Demonstrou um bom entendimento com Bah e esteve num bom plano com um remate, uma assistência, duas ocasiões flagrantes criadas, três centros eficazes em quatro tentados, sete passes progressivos recebidos, dois duelos conquistados e quatro conduções progressivas. De negativo os 14 duelos perdidos (máximo negativo) em 16, 20 perdas de bola e três desarmes sofridos.
António Silva 6.0
“Performance” sóbria com seis duelos ganhos, dois perdidos, sete recuperações de posse, cinco perdas, cinco acções defensivas e quatro passes falhados em 57 passes tentados – eficácia de 93%.
Fredrik Aursnes 6.0
Foi um dos responsáveis pela exibição segura do Benfica. Foi importante na forma como equilibrou a equipa e pela vivacidade que ofereceu no ataque. Realizou uma assistência, a quinta na competição, três passes para remate, cinco acções com a bola na área do Gil, venceu seis duelos, perdeu quatro, assinou quatro recuperações de posse, nove perdas e sete acções defensivas.
Morato 6.0
Rubricou um bom jogo, com realce para um passe para remate, seis passes progressivos, dois super progressivos, quatro recuperações de posse, oito perdas e quatro acções defensivas.
Florentino 5.9
Foi o “tampão” da equipa e importante na exibição segura que o conjunto fez. Gizou um passe para remate, conquistou oito duelos, perdeu dois, chegou às nove recuperações de posse, duas perdas e oito acções defensivas. A rever, os quatro passes de risco falhados.
Destaques do Gil Vicente
Leonardo Buta 6.4
Foi o melhor elemento do Gil nesta noite com um passe para remate, três cruzamentos (nenhum eficaz), oito duelos conquistados, cinco perdidos, seis recuperações de posse, 16 perdas e 12 acções defensivas.
Alex Pinto 5.6
De volta ao Gil, o lateral-direito, que passou pelo Seixal, entrou ao minuto 58 ainda a tempo de ter o segundo melhor rating dos visitantes, fruto de quatro duelos ganhos, três perdidos, cinco recuperações de posse, quatro perdas e cinco acções defensivas.
Andrew 5.6
Não obstante os três golos consentidos, realizou quatro intervenções.
Resumo
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