Contra a violência nos estádios de futebol, cerca de 30 mães de membros da claque organizada do Sport Club do Recife, de Pernambuco (nordeste do Brasil), fizeram parte da segurança da equipa no último domingo.
A ação, denominada ‘security moms’, mães seguranças, foi promovida pela equipa e por uma agência de publicidade, em nome da paz no futebol.
As mães seguranças foram treinadas e preparadas para ajudar e ficaram uniformizadas com coletes, em pontos estratégicos do estádio Arena Pernambuco.
“Fomos a uma partida para descobrir o histórico de violência de alguns torcedores e os chamamos para participar em um suposto documentário sobre a equipa. Com o endereço em mãos, fomos às suas casas e convidámos as mães para a partida, sem que eles soubessem”, afirmou à agência Lusa Paulo Coelho, diretor de Criação Executivo da Ogilvy Brasil.
A campanha contra a violência reforça que há coisas que não se faz na frente da mãe, entre elas lutar no estádio. A comunicação da campanha foi feita nas telas e no sistema de som do estádio.
A reação de alguns membros da claque do Sport ao verem suas mães como seguranças foi gravada e fará parte de um vídeo sobre a paz entre as claques, que será transmitido antes das partidas.
“As mães adoraram a ideia, porque disseram que se preocupam sempre com os filhos quando eles saem para os jogos, e até rezam para que voltem com vida”, acrescentou Coelho.
O primeiro resultado da ação já pode ser visto no domingo, em que nenhum incidente foi registado no estádio em que as mães foram seguranças, numa partida entre dois rivais pernambucanos, o Sport e o Náutico.
A campanha espera combater a violência e gerar uma reflexão na claque sobre o seu papel e o seu limite. Outros clubes, segundo o diretor da Ogilvy, manifestaram interesse em seguir a ideia, e novas ações estão a ser estudadas.
/Lusa
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