Ainda não foi desta que o FC Porto acabou com a maldição sempre que defronta clubes ingleses. Rezam os números que em 23 deslocações a solo inglês, os “azuis-e-brancos” contabilizam 20 derrotas e apenas três empates.
Na noite desta terça-feira, os portistas foram eliminados pelo Arsenal, num duelo em que voltaram a exibir-se de forma personalizada, organizada e corajosa.
A equipa não abalou quando Trossard empatou a eliminatória, deixou os líderes da Premier League quase sempre desconfortáveis e com os nervos em franja.
A resistência dos comandos de Sérgio Conceição perdurou até aos castigos máximos, altura em que Wendell e Galeno viram Raya agigantar-se e “roubar” o sonho dos quartos-de-final ao conjunto lusitano.
Durante 40 minutos, o FC Porto deu sequência ao que tinha feito no duelo no Dragão, anulou os principais pontos fortes do Arsenal – as combinações entre Ben White e Saka, as incursões de Rice ou os lances de bola parada “made in” laboratório de Arteta.
Depois disso, os da Invicta começaram a soltar-se para o ataque, ao minuto 22, Evanilson viu Raya roubar-lhe a glória, pouco depois, o guardião espanhol voltou a estar atento e cortou um centro perigoso de Galeno.
Sem ideias e amarrado às teias lançadas por Sérgio Conceição, o emblema londrino colou-se ao génio de Martin Ødegaard. O médio norueguês descobriu uma linha de passe que desmontou a defensiva contrária e assistiu Trossard para o golo que empatava a eliminatória.
O internacional belga era a peça com maior relevo nesta fase com um GoalPoint Rating de 7.4. Além do golo, orquestrou três passes para remate, contabilizou 21 acções com a bola, dois duelos conquistados, cinco perdidos e três acções defensivas.
Nos “azuis-e-brancos”, João Mário era quem tinha a melhor nota, um GoalPoint Rating de 5.5.
A formação portuguesa serenou os ânimos nos balneários e regressou para a segunda etapa com personalidade, subiu o bloco e foi rondado o alvo sem, no entanto, criar lances perigosos.
Paulatinamente, os anfitriões começaram a ter mais a bola e dominaram a fase seguinte, Ødegaard ainda festejou aos 67 minutos, mas o lance foi anulado por falta de Havertz sobre Pepe. Três minutos volvidos, Francisco Conceição conduziu um contra-ataque e obrigou Raya a intervenção apertada.
Na recta final, os “gunners” fizeram de tudo para carimbar o acesso aos quartos-de-final, mas Diogo Costa foi enorme aos 83 e 84 minutos.
Com tudo empatado, a eliminatória ganhou um período extra. Trossard continuava a ser o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 7.6. Na turma portista, Wendell exibia-se com um remate, 11 duelos ganhos, sete recuperações de posse e 15 acções defensivas – máximo da noite – e um rating de 6.5.
A primeira parte do prolongamento passou num ápice. Taremi tirou as medidas à baliza, mas o remate saiu ao lado e a partida voltou a aquecer após um empurrão de Havertz a Sérgio Conceição.
Não obstante o cansaço, o FC Porto demonstrou coesão, organização, coragem e sangue-frio, frieza atestada na forma como Otávio cortou um remate de Saka na área.
A eliminatória continuou empatada e tudo ficou por resolver na marca dos 11 metros. Na conversão das grandes penalidades, Ødegaard abriu o “score”, Pepê não tremeu, Havertz bateu a oposição de Diogo Costa, Wendell rematou com força, mas Raya adivinhou o lado defendeu e ainda contou com a ajuda dos ferros.
Saka colocou os ingleses na dianteira, Grujić deu vida aos “dragões”, Rice acertou com o alvo e Raya voltou a superiorizar-se, desta feita ao deter a tentativa de Galeno.
O Arsenal festejou a passagem aos “quartos”, ao passo que o FC Porto caiu de pé na capital inglesa. Nesta fase da prova milionária, os portistas nunca venceram um duelo fora de portas, somando dez derrotas e quatro empates.
Melhor em Campo
Durante os mais de 150 minutos que durou esta eliminatória, Leandro Trossard foi o único elemento a encontrar o antídoto para ultrapassar a muralha portuguesa.
O dianteiro belga destacou-se com um remate, quatro passes para remate, cinco cruzamentos (três eficazes), 33 acções com a bola, três das quais na área contrária, venceu três duelos, perdeu sete, sofreu duas faltas e atingiu as 11 perdas de bola. Por tudo isto, foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.6.
Resumo
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