Tarjas das claques do FC Porto foram parar à Croácia. Villas-Boas questiona direção

Ultras do Hajduk Split exibem tarjas do FC Porto (Super Dragões e Coletivo 95) ao contrário

Este sábado, a claque do Hajduk Split da Croávia – próxima dos No Name Boys do Benfica – exibiram enigmaticamente tarjas pertencentes às claques de apoio aos dragões, roubadas do Museu do FC Porto, a 4 de março.

No estádio Poljud, em Split, na Croácia, no jogo entre Hajduk Split e NK Lokomotiva, deste sábado, a contar para a 27.ª jornada do campeonato croata, foram erguidas, sem explicação e “de cabeça para baixo”, duas tarjas pertencentes às claques Super Dragões e Coletivo 95, afetas ao FC Porto.

De acordo com o jornal O Jogo, as tarjas foram roubadas misteriosamente do Museu do FC Porto, a 4 de março – um dia após a goleada caseira, por 5-0, dos dragões sobre o Benfica.

O jornal desportivo avança que cinco indivíduos terão entrado no museu como “visitantes normais”, roubando as tarjas, que se encontravam no auditório. “De seguida, abandonaram o espaço através do arrombamento de uma porta de emergência, tomando caminhos diferentes”, acrescenta.

As tarjas roubadas foram parar à Croácia, à claque do Hajduk Split – com quem os “No Name Boys” do Benfica têm conhecidas ligações de amizade – que, este sábado, acabou por erguê-las ao contrário e queimá-las.

Antes da receção ao Vizela, as claques aperceberam-se do roubo do material e encaminharam-se para o museu do FC Porto, situação que levou o comandante do dispositivo de segurança da partida a dirigir-se aos Super Dragões e aos Colectivo Ultras 95 para dar explicações.

Os Colectivo Ultras 95 deixaram as bancadas na primeira parte; por seu turno, os Super Dragões tomaram posição idêntica ao intervalo e viraram mesmo as suas faixas principais para cima, mas mudaram subitamente de ideias no início da segunda parte e jamais pararam de cantar.

Nas redes sociais, os Super Dragões e o Coletivo 95 partilharam uma nota de repúdio pelo “crime” e pela atuação do Clube: “Deixamos ainda uma nota de repúdio pela atuação do Clube neste processo, em especial da Diretora do Museu e da segurança do nosso Clube”.

 

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André Villas-Boas questiona direção

Este domingo, o candidato à presidência do FC Porto André Villas-Boas (AVB) questionou o facto de o clube ter omitido o caso aos adeptos, bem como a falta segurança no clube, que considera pôr em causa as eleições de 27 de abril.

Têm de ser apuradas responsabilidades quanto à segurança do museu e do Estádio do Dragão, que foi o palco escolhido pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral para as eleições. Se essa segurança não está garantida, como é que iremos ter transparência e segurança de voto em 27 de abril?”, questionou o antigo treinador dos dragões

“Por decisão própria, o FC Porto optou por não comunicar aos sócios naquela altura em que as tarjas foram roubadas. Desconhece-se a razão pela qual o fez, mas vem em linha com uma série de ações que a direção está a tomar. (…) O roubo de uma tarja é sagrado no movimento das claques. A constatação dessa realidade foi omitida e as claques reagiram de forma ostensiva”, disse Villas-Boas.

No sábado, o FC Porto anunciou ter apresentado uma participação às autoridades pelo roubo de faixas, notando que os suspeitos foram identificados através das imagens de videovigilância do museu.

Fonte policial disse à agência Lusa que a PSP “já apurou prova nas diligências levadas a cabo” desde a queixa apresentada no início da semana pela direção de Pinto da Costa.

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